Neupatimagem-UNICAMP

Ganglioglioma multicístico têmporo-occipital D.
3. Imunohistoquímica para marcadores neuronais :
SNF, cromogranina, NF, NeuN

Fem. 51a. Clique para: ressonância magnética, HE, tricrômico de Masson, imunohistoquímica para marcadores gliais (GFAP, VIM), marcadores neuronais (SNF, cromogranina, NF, NeuN, MAP2, tubulina), CD34, Ki-67.

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SNF.

Ao contrário da cromogranina, sinaptofisina não marcou células neoplásicas, apenas o material finamente fibrilar entre elas, que pode ser chamado de neurópilo, em analogia ao tecido intersticial da substância cinzenta cerebral. Não foi possível individualizar axônios, como com NF. Alguns corpúsculos anucleados positivos provavelmente representavam material retido em axônios.

Para breve texto sobre sinaptofisina, clique.

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Cromogranina.

Exceto MAP2, cromogranina foi o marcador com maior índice de positividade nas células deste ganglioglioma, destacando muitas que, por sua morfologia e positividade, podem ser atribuídas à linhagem neuronal. Há marcação também do interstício (ou 'neurópilo') tumoral, provavelmente por positividade nos prolongamentos celulares (não individualizáveis).

Para breve texto sobre cromogranina, clique.

Cromogranina. Células marcadas com fenótipo neuronal. Por fenótipo neuronal entendemos : célula com citoplasma bem delimitado e abundante, núcleo central, claro e vesiculoso, com cromatina frouxa e nucléolo evidente. As células aqui demonstradas não têm morfologia de neurônios normais. São anômalas em forma e tamanho, e várias são binucleadas.

Cromogranina. Marcação de células multinucleadas. A positividade destas para cromogranina sugere fortemente que sejam neurônios aberrantes. Muitas também marcaram para MAP2.

Cromogranina. Células não marcadas. Várias células, inclusive com núcleos lembrando os de neurônios, não se marcam. Há também uma curiosa variação de positividade em células multinucleadas, às vezes no mesmo campo. Ilustra como a expressão de uma proteína, no caso cromogranina, pode diferir amplamente em células fenotipicamente muito semelhantes.

Cromogranina. Marcação no neurópilo. O material finamente espumoso entre os corpos celulares ou núcleos do tumor pode ser chamado de neurópilo, em analogia ao neurópilo do córtex cerebral. A positividade provavelmente se deve à presença da proteína em finos prolongamentos celulares não individualizáveis.

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NF. Neurofilamento marcou axônios esparsos no tumor, mas praticamente todas as células foram negativas.

NF - Neurônio. Ao contrário da cromogranina, que marcou várias células no ganglioglioma, só uma célula com aspecto de neurônio foi encontrada com neurofilamento em todo o preparado. Está em pleno tumor e parece genuinamente um neurônio. De resto, não havia células positivas, e as multinucleadas foram todas negativas (comparar com cromogranina, acima.)


NF. Axônios. Foram encontrados vários pequenos axônios ou grupos deles no ganglioglioma. Servem de controle interno positivo para a reação. Não é possível definir se seriam de neurônios participantes do tumor ou de células de fora (neste caso, indicando caráter infiltrativo da neoplasia).

NF.

Axônios na substância branca limítrofe ao tumor.

NF dá bons resultados em axônios. Esta área de substância branca próxima ao ganglioglioma é rica nos mesmos e serve como bom controle interno positivo.

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NeuN.

O anticorpo NeuN (neuronal nuclei) é considerado um marcador altamente específico para neurônios maduros. Para breve texto, clique.

No presente caso, foi negativo nas células tumorais, com apenas duas exceções documentadas abaixo. Houve positividade apenas em neurônios ectópicos da substância branca limítrofe, que serviram como controle interno positivo.



NeuN. Positivo em apenas duas células tumorais em toda a amostra. Marcação é nuclear e citoplasmática.

NeuN em neurônios ectópicos na substância branca peritumoral.

Já em aumento fraco chamavam a atenção, entre os axônios mielínicos, essas pequenas células com marcação nuclear e citoplasmática, interpretadas como neurônios maduros ectópicos.

Preparações imunohistoquímicas deste caso pela técnica Ana Cláudia Sparapani Piaza, Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP.

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Caso gentilmente contribuído pelo Prof. Dr. Donizeti César Honorato, Campinas, SP.