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na anemia falciforme. 1. Macroscopia do cérebro. |
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Masc. 58
a. As alterações restringiam-se à necrose
de ponte. Os grandes vasos cerebrais (artérias carótidas
internas, cerebrais anteriores, médias e posteriores, artéria
vertebral direita e artéria basilar não apresentavam aterosclerose.
A artéria vertebral esquerda era hipoplásica. A trombose
de basilar não era externamente visível. Só foi detectada
em corte e fotografada sob lupa. O
trombo, já em organização
e canalização,
foi demonstrado histologicamente. Como o óbito ocorreu cerca de
15 dias após os sintomas iniciais, é possível que
parte do trombo original tenha-se dissolvido por fibrinolisinas e
sofrido redução de volume. Os cortes frontais dos hemisférios
cerebrais eram essencialmente normais, bem como a macroscopia dos demais
órgãos, e não são demonstrados aqui.
Clique para : ressonância magnética, macroscopia do cérebro, infarto de ponte; trombose da A. basilar e outros órgãos. |
Sistema vértebro-basilar. A artéria basilar, que corre na superfície ventral da base da ponte, na linha média, forma-se por junção das duas artérias vertebrais. É comum que as artérias vertebrais sejam assimétricas, geralmente a direita mais calibrosa. A basilar termina bifurcando-se nas duas artérias cerebrais posteriores. Há três pares de artérias cerebelares. As artérias cerebelares superiores e as artérias cerebelares anteriores inferiores saem diretamente da artéria basilar. As artérias cerebelares posteriores inferiores (ou PICAs, segundo as iniciais em inglês) saem das artérias vertebrais. A origem destas não está facilmente demonstrável nestas fotos. |
Artérias cerebelares posteriores inferiores (PICAs). Originadas das artérias vertebrais, nutrem a parte posterior e inferior dos hemisférios cerebelares. Podem formar uma alça dentro da cisterna magna, como no presente caso, o que ocasiona risco de hemorragia subaracnóidea grave, até fatal, em punções suboccipitais para coleta de líquor. Abaixo são demonstradas com o cerebelo in situ e após retirada do mesmo, onde correm paralelas ao assoalho do IV ventrículo. | |
Tronco cerebral parece normal. Notar ainda nestas fotos que o tronco cerebral é externamente normal e não dá indício do extenso infarto da base da ponte. Este só é visível nos cortes transversais nos quadros seguintes. |
Corte pela transição ponto-mesencefálica, separando o rombencéfalo (tronco cerebral e cerebelo) do restante do cérebro (porção supratentorial). Os hemisférios cerebrais (aqui vistos pela face inferior) são normais. A ponte apresenta aspecto amolecido, devido ao infarto. | |
Cortes transversais (axiais) pelo tronco cerebral em sentido cranio-caudal. O infarto aparece como área irregular, com superfície granulosa, afetando a base da ponte em distribuição mais ou menos triangular. Tinha consistência mole. O tegmento pontino é poupado, assim como a parte inferior da ponte, todo o bulbo e o mesencéfalo. |
Mesencéfalo ao nível da decussação do pedúnculo cerebelar superior. Aqui, aspecto normal. Para anatomia microscópica desta região em detalhe, clique. | Ponte alta. Face oposta da mesma peça do mesencéfalo, ao lado. Aqui já se observa necrose da porção basilar da ponte. Para anatomia microscópica da ponte em nível alto, clique. |
Ponte média. Necrose em amolecimento de toda a porção ventral da base da ponte (território de irrigação da artéria basilar). Para anatomia microscópica da ponte em nível médio, clique. Para macro e microscopia da trombose da basilar, devida a anemia falciforme, clique. Para aspectos histológicos do infarto, clique. | |
Ponte baixa. Aspecto normal, sem infarto. Para anatomia microscópica da ponte em nível baixo, clique. | Bulbo alto ao nível da transição para a ponte. Ausência de lesão. Para anatomia microscópica do bulbo, clique. |
CORRELAÇÃO entre ressonância magnética, peça anatômica e lâmina escaneada, mostrando a correspondência aproximada entre as áreas hidratadas (com hipersinal) em T2 e FLAIR, a área brilhante na difusão e a região amolecida na base da ponte. Entre o exame de imagem e a necrópsia há um intervalo de 15 dias. É provável que, na época do exame, a necrose liqüefativa fosse bem menos evidente na macroscopia que o visualizado na autópsia. A peça foi rodada 180 graus para obedecer à orientação convencional dos exames de imagem (ventral para cima). Na lâmina, a área de infarto aparece clara e fragmentada. Para RM em maior detalhe, e microscopia da área necrótica, clique. | ||
T2 | FLAIR | DIFUSÃO |
Preparados histológicos pelo Sr. Aparecido Paulo de Moraes. |
Para mais imagens deste caso: | ||||
RM | Macro | HE - ponte | A. basilar e trombo | HE - baço, fígado, rim, pulmão |
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Angiografia digital normal | Angiorressonância arterial normal (A) (B) | Angiorressonância venosa normal (A) (B) |
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