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partículas do plasma envolvidas no transporte de lípides. O termo lipoproteína é empregado não para um composto químico definido, mas sim para uma família de partículas cuja finalidade é transportar lípides, principalmente triglicérides e colesterol, entre órgãos e tecidos. A estrutura básica das lipoproteínas é comum a todas, variando o tamanho e a proporção entre seus componentes. Uma partícula lipoproteica é composta por um centro contendo lípides apolares (triglicérides e ésteres do colesterol) e uma membrana de fosfolípides que constitui o limite externo da partícula e sua interface com o plasma. Nesta membrana estão inseridas as várias apoproteínas, que diferem segundo o tipo de partícula. Os principais grupos de lipoproteínas do plasma são: 1) Os quilomícrons, derivados da absorção intestinal de triglicérides. São as maiores partículas lipoproteicas, podendo ter diâmetro de 1 mm, e as menos densas, devido à alta proporção de lípides (até 99%). 2) As VLDL (very low density lipoproteins) têm diâmetro de 30 a 90 nm (no máximo 1/10 do dos quilomícrons), são mais densas e com maior proporção de proteína. São sintetizadas basicamente no fígado para exportação de triglicérides para os tecidos, especialmente o tecido adiposo. Ao passar pelos capilares, boa parte dos triglicérides são retirados pela enzima lipase lipoproteínica, de modo que a partícula fica menor, mais densa, e mais rica em colesterol. Esta forma intermediária é conhecida como IDL (intermediate density lipoprotein). 3) As LDL (low density lipoproteins) resultam da conversão das IDL por perda de uma das apoproteínas. São ricas em ésteres de colesterol, e são a principal forma de distribuição de colesterol aos vários tecidos, onde é necessário para síntese de membranas e hormônios. As LDL são captadas pelas células mediante receptores de membrana especiais, que a célula produz na medida de sua necessidade de importar colesterol. A falta desta molécula é responsável pela doença hipercolesterolemia familial, caracterizada por aterosclerose intensa e precoce. O que não for captado por outros órgãos o é pelo fígado, onde o colesterol é catabolizado.
4) As HDL (high density lipoproteins)
originam-se basicamente do fígado e intestino na forma de bicamadas
discóides de fosfolípides. No plasma, captam colesterol
não esterificado e o incorporam em seu centro hidrofóbico,
entregando-o aos hepatócitos para catabolismo. Agem portanto como
“lixeiros”
de colesterol. A concentração de HDL é inversamente
relacionada à incidência de aterosclerose coronária,
talvez refletindo sua eficiência em remover colesterol. As HDL são
as menores lipoproteínas, com diâmetro da ordem de 10 nm (100
vezes menores que os quilomícrons), chegam a ter 57% de proteínas
(contra 1% dos quilomícrons) e densidade 1,210 (contra <0,95
dos quilomícrons).
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Esquema
comparativo das lipoproteínas: o tubo de ensaio à E. representa
a distribuição após ultracentrifugação.
Os quilomícrons são os maiores e mais leves devido à
alta proporção de lípides, especialmente triglicérides.
À medida que o tamanho da partícula diminui aumenta a densidade, porque a proporção relativa de proteínas (apoproteínas) aumenta. |
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