Neupatimagem-UNICAMP

Craniofaringioma. Alargamento da sela, elevação das Aa. cerebrais anteriores, calcificações na periferia do tumor; evolução em dois anos.

Masc. 13 a.

RADIOGRAFIA SIMPLES DE CRÂNIO, PERFIL

Grande aumento da sela túrcica, com destruição do assoalho selar. Preservação das apófises clinóides anteriores, afilamento do dorso da sela e destruição das clinóides posteriores. Fina orla curvilínea de calcificação situada presumivelmente na superfície de massa tumoral intraselar, e que se estende em direção súpero-posterior.

ARTERIOGRAFIA

Demonstra elevação da porção supraclinóidea das Aa. carótidas internas, com deslocamento para cima do segmento A1 das Aa. cerebrais anteriores. Também se observa deslocamento posterior da A. basilar e das Aa. cerebrais posteriores e estiramento das Aa. comunicantes posteriores.

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, 10/3/93

Nos cortes axiais com contraste, observa-se a sela túrcica alargada, preenchida por lesão cística de conteúdo hipodenso, com fina borda calcificada. Mais superiormente, na cisterna supraselar, a lesão apresenta traves com densidade de tecidos moles e calcificações grosseiras. Na 4a. imagem (embaixo e à D), a lesão se estende até a cápsula interna, junto ao núcleo caudado.

Nos cortes coronais sem contraste também se observa massa predominantemente cística, com conteúdo hipodenso e calcificações periféricas. Tem componente selar, onde se vê uma área mais sólida com calcificação, e componente supra-selar, que é mais cístico, com calcificação periférica curvilínea e conteúdo que infiltra o tecido cerebral à E (corresponde à porção que penetra na cápsula interna, nos cortes axiais). A porção selar é melhor vista na primeira imagem, e a supraselar na segunda e terceira imagens coronais.

Cortes axiais, com contraste

Cortes coronais, sem contraste

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, 11/5/95

Nos cortes axiais sem e com contraste, lesão expansiva na topografia selar, com características semelhantes às da tomografia de 10/3/93, preenchendo a sela, deslocando lateralmente a dura-máter dos seios cavernosos, e com calcificação periférica. O conteúdo do cisto é hipodenso mas tem densidade maior que a do líquor (ou seja, deve ter mais proteína, mais conteúdo sólido).
Os cortes coronais demonstram o cisto impregnado, calcificado, insinuando-se no tecido cerebral à E. Houve aumento da lesão em relação ao exame anterior.