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(duas peças) |
Peças
SN-131 e SN-2. Metástases cerebrais, respectivamente
de carcinomas da mama e da tiróide.
Os tumores estudados até aqui são primários do tecido
nervoso. Contudo, as metástases constituem o segundo tumor cerebral
mas comum, perdendo apenas para os astrocitomas e glioblastomas. Em terceiro
lugar vêm os meningiomas. As metástases ao cérebro
originam-se mais comumente de carcinomas do pulmão, da mama
e de melanomas, em ordem decrescente. Além destes, virtualmente
qualquer tumor maligno pode propagar-se ao cérebro por via hematogênica.
O aspecto macroscópico das metástases é característico.
Geralmente são bem delimitadas e freqüentemente múltiplas.
Áreas de necrose são habituais. As metástases têm
maior tendência a causar hemorragias do que os tumores primários,
como o glioblastoma. As metástases de melanoma estão entre
as que mais sangram (ver um caso em banco
de imagens). O tumor metastático que mais sangra é o
coriocarcinoma, mas metástases cerebrais deste tumor são
raras.
Na peça de cima (SN-131), há duas metástases de carcinoma da mama, uma em cada lobo frontal (multiplicidade fala a favor de metástase). A origem do tumor é só conhecida pela história clínica e/ou pelos outros achados da autópsia, pois na grande maioria dos casos não é possível determinar o órgão de origem da metástase, seja pela sua observação macroscópica, seja pelo aspecto histológico. Em alguns casos, a imunohistoquímica pode oferecer indícios da origem, mas em muitos casos a origem do tumor permanece indefinida. Na peça SN-131, ambas metástases são visíveis na face externa dos hemisférios como nódulos bem delimitados. Uma delas tem superfície externa deprimida, atribuível à reabsorção de produto necrótico no interior. A outra tem cor escura, sugestiva de hemorragia. Na face de corte (oposta), a metástase presente no hemisfério direito é revelada como tumor bem delimitado, com áreas mais claras de aspecto necrótico. A peça de rombencéfalo foi incluída para mostrar a hérnia de amígdalas cerebelares, devida em parte ao efeito de massa dos tumores, e em parte ao edema cerebral que os acompanha. Na peça de baixo (SN2), há um nódulo pequeno e isolado na substância branca que revelou histologicamente tratar-se de metástase de um carcinoma folicular da tiróide [aqui o diagnóstico foi possível porque o tumor reproduzia a arquitetura folicular da glândula (não demonstrado nesta página)]. Neste caso não há edema cerebral porque o tumor é pequeno. |
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