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2. Imunohistoquímica |
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Masc. 36 a. Clique para exames de imagem, HE, colorações especiais (tricrômico de Masson, reticulina, PAS sem e com diastase), imunohistoquímica e microscopia eletrônica. Texto. |
VIM. As células neoplásicas são fracamente positivas para vimentina, um filamento intermediário encontrado em células de várias linhagens (para breves textos, clique (1) (2). A positividade é mais pronunciada na periferia, abaixo da membrana citoplasmática. O motivo poderia ser que a maior parte do citoplasma está preenchida pelos lisossomos que constituem os grânulos visíveis em microscopia óptica. | |
S-100. Positividade nuclear e citoplasmática variáveis nas células neoplásicas. Células positivas e negativas são vistas lado a lado. Para breve texto sobre o marcador, clique. | |
CD34.
Este marcador de células endoteliais demonstra a rica rede capilar do tumor de células granulares da neurohipófise, de distribuição homogênea nas diversas áreas examinadas. |
Ki-67. Há marcação de núcleos esparsos, da ordem de 1-3%. Os núcleos marcados são de tamanho e características semelhantes aos negativos. Não foram encontradas mitoses. Os achados sugerem tumor de lento crescimento. | |
Tumor de
células granulares da neurohipófise
Definição, graduação. Neoplasia intra ou supraselar originada na neurohipófise ou infundíbulo, composta de ninhos de células grandes, com citoplasma granuloso ou eosinófilo devido à abundância de lisossomos. Corresponde ao grau I da OMS. Sinonímia. Tumor de Abrikossoff, coristoma, mioblastoma de células granulares, pituicitoma. Este último termo é atualmente reservado a um tumor glial distinto, circunscrito, também originado na neurohipófise ou infundíbulo. Fenotipicamente, pituicitomas têm aspecto astrocitário, ao contrário dos tumores de células granulares. Incidência. São pouco freqüentes e limitados à idade adulta. Casos pediátricos são excepcionais. Há predomínio no sexo feminino > 2:1. Pico de incidência etária entre a 5ª. e 6ª. décadas. Aglomerados microscópicos de células granulares no infundíbulo hipofisário, assintomáticos, foram documentados em até 17% das autópsias. Localização. A origem preferencial é no talo hipofisário e por isso a topografia mais comum é supraselar. Os que se originam na neurohipófise apresentam-se como massas intraselares. Clínica. Os sintomas superpõem-se aos dos macroadenomas da hipófise. Comumente inauguram o quadro como déficit de campo visual por compressão do quiasma óptico. Pode haver também panhipopituitarismo, amenorréia / galactorréia, diminuição da libido. Diabetes insipidus é incomum. Os sintomas são de desenvolvimento lento, mas pode haver instalação abrupta com diplopia, confusão, cefaléia e vômitos. Imagem. Massa supraselar circunscrita, variando de 1,5 a 6 cm., que se impregna por contraste. Calcificações são raras, o que ajuda a afastar craniofaringioma. Ausência de aderência dural (‘cauda dural’) e topografia centralizada no talo hipofisário os distingue dos meningiomas. Devido à raridade do tumor e semelhanças com os adenomas, dificilmente o diagnóstico é feito antes do exame histológico. Microscopia. Células poligonais densamente agrupadas em nódulos ou em arranjo difuso ou fasciculado. Chama a atenção o citoplasma abundante e granuloso. Os grânulos são PAS positivos e diastase resistentes. Os núcleos são pequenos, regulares, cromatina bem distribuída e nucléolos pequenos. Agregados linfocitários perivasculares são comuns. Mitoses são habitualmente raras. Raros casos com atividade mitótica maior (até 5 mitoses por 10 campos de grande aumento ou Ki67 de 7%) são referidos como atípicos, mas o significado é incerto. Imunohistoquímica. São positivos para CD68, proteína S-100, negativos para sinaptofisina, cromogranina, citoqueratinas, neurofilamento, marcadores musculares e hormônios hipofisários. Microscopia eletrônica. O citoplasma está preenchido por fagolisossomos contendo material eletrodenso irregularmente distribuído e debris membranosos. Não há grânulos de neurosecreção e outras organelas são esparsas. Histogênese. É incerta. A origem mais provável é dos pituicitos, que são as células gliais da neurohipófise e do talo hipofisário. Contudo, GFAP é habitualmente negativo nestes tumores. Tanto o infundíbulo (talo hipofisário) quanto a neurohipófise são constituídos por axônios originados nos núcleos hipotalâmicos, e por astrócitos especializados chamados pituicitos. Estes são células alongadas que reagem só moderadamente com GFAP. Os chamados corpos de Herring são expansões eosinofílicas e granulares dos axônios, habituais no infundíbulo normal. São estes corpúsculos que dão o hipersinal espontâneo em T1 que identifica a neurohipófise normal em ressonância magnética. Prognóstico. Na maioria são benignos, de crescimento lento e não invasivo. O tratamento de escolha é ressecção cirúrgica tão completa quanto possível. Fontes.
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Agradecimentos. Imunohistoquímica pela técnica Thainá Milena Stela de Oliveira. Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso e texto: | TC, RM | HE, colorações especiais | IH | ME |
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