Sarcoidose  cérebro-espinal.  2. Imunohistoquímica
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Fem.  54 a. Clique para história clínica, ressonância magnética , HE, tricrômico de Masson
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CD68. 

Este marcador de macrófagos é positivo em grande parte do espécime, destacando o citoplasma de macrófagos comuns, células epitelióides e gigantes.  Ficam sem marcar, corando-se em azul pela hematoxilina de fundo: linfócitos, fibroblastos e fibras colágenas. 

Para breve texto sobre CD68, clique

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CD68. Macrófagos.  Marcação citoplasmática, núcleos em azul. Notar a variação de tamanho e forma das células. A reação define os limites celulares contra o interstício de colágeno e células não macrofágicas.  As células demonstradas nas fotos abaixo não se encaixam como macrófagos modificados (epitelióides ou gigantes). Para estes, ver quadros abaixo. 
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CD68. Células  epitelióides. 

Estes macrófagos modificados mostram núcleos alongados ou ovalados, com cromatina bem distribuída, como os de fibroblastos. O citoplasma é abundante, com prolongamentos saindo dos polos do núcleo. As células formam os agrupamentos que constituem o granuloma, mas não perdem sua individualidade.  Para células epitelióides em HE e tricrômico de Masson, clique. 

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CD68. Células  gigantes.  O anticorpo é positivo em virtualmente todos os gigantócitos da amostra. A reação pode ser influenciada pela espessura do corte e intensidade da fixação, entre outras variáveis técnicas. 
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HAM 56. 

Outro marcador de macrófagos, dá resultados análogos aos com CD68 acima. Na foto ao lado, um gigantócito de Langhans fortemente positivo no citoplasma, mas há dois outros negativos na parte superior da imagem.  Nos granulomas, positividade para várias células mononucleadas (macrófagos e células epitelióides). Detalhes abaixo.

Para breve texto sobre HAM 56, clique

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HAM 56.  Granulomas.  Em comparação com CD68, acima, o número de células marcadas parece menor. Células mononucleadas podem ser macrófagos ou células epitelióides. Não raro, decidir entre elas é difícil, pois há formas intermediárias. 
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HAM 56. Células  gigantes. A maioria dos gigantócitos se marca no citoplasma, como com CD68. Curiosamente, há várias células gigantes que não se marcam, seja com núcleos na periferia (gigantócitos de Langhans), ou no centro (gigantócitos de corpo estranho).  A ausência de marcação é genuina, pois as células negativas estão ao lado de células positivas. A causa da variação nos escapa. Já havíamos observado situação semelhante na reação a corpo estranho nas vizinhanças de um craniofaringioma. Para detalhes, clique
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CD3. 
Linfócitos T. 

CD3, marcador de linfócitos T, demonstra numerosas células nestes granulomas sarcoidóticos, o que está de acordo com a literatura (ver texto).  A população de linfócitos T é muito maior que a de linfócitos B, e enfatiza o papel das células T na gênese dos granulomas.  Linfócitos T helper CD4+ produzem linfocinas que ativam os macrófagos a se transformarem em células epitelióides e gigantes. 

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CD3.  Granulomas. 

A reação demonstra a mistura de linfócitos T e células macrofágicas no centro dos granulomas e a alta proporção de linfócitos T no halo linfocitário que envolve o granuloma. 

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CD3.  Granulomas, macrófagos, células epitelióides.   Como esperado, macrófagos, células epitelióides, gigantes, fibroblastos e parte dos linfócitos (presumivelmente de linhagem B) ficam não marcados.
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CD3. Células  gigantes. Sempre negativas. 
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CD20. Granulomas. 

CD20, marcador de linfócitos B, enfatiza a pobreza destas células no interior dos granulomas, e no processo inflamatório em geral, neste caso. A maioria dos linfócitos B é encontrada no halo linfocitário que circunda os granulomas, e no infiltrado crônico inespecífico entre os granulomas. 

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CD20. Linfócitos  B  no  infiltrado.  No global, a população de linfócitos B  é muito menor que a de linfócitos T (quadros acima). 
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CD34. 

Caráter avascular  dos granulomas. 

A principal virtude desta reação para CD34, um marcador de endotélio, é demonstrar que os granulomas da sarcoidose são praticamente avasculares.  O mesmo é verdade para granulomas de outras etiologias, inclusive os da tuberculose, o que é um dos fatores (isquemia) aventados para explicar a necrose caseosa.  Na sarcoidose praticamente não há necrose. 

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CD34. Os pequenos vasos circundam o granuloma, mas não são vistos em seu centro. 
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CD34. 

Vasos no infiltrado, fora dos granulomas. 

São tortuosos, dilatados, de contorno irregular. 

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VIM. 

Células  inflamatórias. 

Vimentina, um filamento intermediário ubiquitário, largamente expressado por células de linhagens conjuntiva e hemopoiética, é positiva nas células inflamatórias participantes da lesão, inclusive linfócitos, macrófagos comuns, ou modificados em células epitelióides e gigantes. O que fica sem se marcar é o colágeno do interstício, e a razão destas imagens é mostrar o quanto da lesão é tecido conjuntivo. 

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VIM.  Células  inflamatórias.    A maioria das células da lesão se marca no citoplasma. Comparar com o tricrômico de Masson, que também permite estudar a proporção entre células e interstício. Naquele, as células se coram em vermelho, o colágeno em azul.  À medida que o processo inflamatório envelhece, a proporção de colágeno aumenta e a das células diminui, ou seja, a lesão progride para fibrose. 
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VIM.  Tecido fibroso colágeno.  Fibras colágenas, evidentemente, ficam negativas, pois vimentina é um filamento intermediário do citoesqueleto e só presente no citoplasma. Colágeno é uma proteína do interstício, sintetizada no citoplasma, mas secretada para o meio extracelular, onde se dá a síntese final das fibrilas. 
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EMA.

Como a hipótese original era de um meningioma em placa, foi incluído EMA (antígeno epitelial de membrana) no painel.  Houve positividade focal em  alguns grupos  celulares, que interpretamos como células meningoteliais hiperplásicas. 

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EMA. Células  meningoteliais. 

Como a lesão estava baseada na leptomeninge, é compreensível a presença destas células na reação. O aspecto traz à mente os assim chamados meningiomas ricos em linfócitos e plasmócitos, ou linfoplasmocíticos, do qual temos um exemplo no site.  Embora incluídos na classificação de meningiomas pela OMS como grau I, há quem duvide que sejam realmente  meningiomas. Alternativamente, seriam uma reação inflamatória crônica na meninge, com hiperplasia secundária das células meningoteliais, chegando a simular um tumor. O mesmo pode ser verdadeiro aqui. 

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EMA. Plasmócitos. 

A positividade de EMA em membranas de plasmócitos é fenômeno amplamente reconhecido. Em alguns, a marcação ocorre em todo o citoplasma.  Para breve texto sobre este marcador, clique

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 Para mais imagens deste caso;

texto

RM HE, colorações
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