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1. Macro, HE, colorações especiais. |
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Espécime. Abundante tecido tumoral de cor rósea amarelada, em fragmentos irregulares e friáveis de várias dimensões. Em alguns, era possível reconhecer a superfície externa lobulada, recoberta por fina cápsula. Macroscopicamente, era indistinguível de um meningioma. O conjunto mediu 8 x 8 x 2,5 cm e pesou 60 g. |
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Destaques da microscopia. Texto sobre hemangiopericitomas. | ||
HE. Tumor altamente celular, com grandes vasos dilatados de contorno irregular | Células fusiformes em padrão sarcomatoso, com limites imprecisos | Mitoses freqüentes, geralmente típicas |
Masson. Quantidade variável de tecido conjuntivo em torno de vasos em padrão de 'chifre de veado' | Delicadas fibrilas colágenas entre células | Reticulina. Fibras reticulínicas envolvendo células individualmente. |
CD34. Positivo em vasos, destaca densa rede capilar, com vasos comprimidos ou em fenda | VIM. Positividade citoplasmática difusa nas células neoplásicas | CD99. Positividade difusa nas células neoplásicas, padrão membrana. |
BCL-2. Positividade citoplasmática. Texto sobre BCL-2. | Ki-67. Positividade em cerca de 10% dos núcleos das células neoplásicas | p53. Positividade em muitos núcleos de células neoplásicas. |
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Aspecto
geral.
Neoplasia muito celular, composta por pequenas células fusiformes em arranjo irregular ou estoriforme. Já em pequeno aumento, chamava a atenção a intensa vascularização, com vasos calibrosos e dilatados, de paredes finas, contorno ovalado ou irregular, por vezes lembrando 'chifres de veado' ou 'de rena' (staghorns, em inglês). |
Grandes
vasos.
O calibre dos vasos, que não sofreram colapso após a retirada do tumor, sugere alto fluxo, compatível com as imagens de flow void em ressonância magnética (exemplos abaixo) e com o copioso sangramento cirúrgico, que forçou abordagem em dois tempos (com intervalo de 2 meses). Para exame completo de RM deste caso, clique. |
Vasos
menores, muitos 'em chifre de veado'.
No interior do tecido tumoral também eram proeminentes pequenos vasos dilatados de contorno irregular, não raro lembrando a clássica comparação com chifres de veado. |
Capilares de paredes extremamente delgadas. É de interesse que esses pequenos canais vasculares dilatados não colapsaram após a exérese do tecido, quando cessa toda a pressão sanguínea no seu interior. Continuam abertos, suportados pelas próprias células neoplásicas, como se fossem espaços no próprio tecido. As paredes desses capilares são finíssimas, notando-se as células endoteliais apenas por seus núcleos. Praticamente não se observa espaço intersticial entre o capilar e o tecido neoplásico propriamente dito. |
Células
neoplásicas.
As células do tumor variavam de arredondadas a poligonais a fusiformes.
Os limites citoplasmáticos eram imprecisos. Os núcleos
eram geralmente ovalados, moderadamente pleomórficos, com cromatina
frouxa e um pequeno nucléolo em algumas. Arranjo em feixes irregulares
com freqüente mudança de direção (padrão
estoriforme*) era o mais comum. Mitoses eram observadas em número
moderado.
*Estoriforme (inglês, storiform). Semelhante a disposição casual das cerdas em um capacho ou tapete. Do latim storia, tapete. Termo mais usado em relação ao padrão histológico dos fibrohistiocitomas. |
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Mitoses. Havia várias mitoses, geralmente típicas, a maioria na forma de placas metafásicas. | |
Necrose.
Áreas de necrose atingiam só pequena proporção do tumor. A transição com o tecido neoplásico viável era abrupta em certas áreas, gradual em outras. |
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Tricrômico
de Masson.
Nesta coloração para tecido conjuntivo, o colágeno destaca-se em azul. As células neoplásicas coram-se em vermelho. Chamam logo a atenção os grandes vasos dilatados e irregulares, classicamente comparados a chifres de veado, e já discutidos em HE, acima. |
Finura
da parede capilar.
A imagem ao lado ilustra a extrema delicadeza dos canais vasculares do tumor. Parecem mais fendas entre as células neoplásicas que capilares com parede própria. As células endoteliais são muito delgadas e delas só os núcleos são reconhecíveis. Ver vasos semelhantes em microscopia eletrônica. |
A quantidade de colágeno varia conforme a área do tumor, havendo regiões muito celulares, sólidas e pobres em interstício, alternando com outras muito ricas em tecido conjuntivo (salientadas em azul). Estas diferenças são bem menos evidentes em HE, porque todos os elementos do tecido (exceto os núcleos) coram-se em róseo. |
Reticulina. Uma extensa rede de fibras reticulínicas permeava o tumor e, em áreas, envolvia células neoplásicas individualmente ou em pequenos grupos. Os vasos maiores e mais dilatados também eram delineados por reticulina. |
Áreas pobres em reticulina. Certas regiões do tumor eram praticamente desprovidas de fibras reticulínicas, totalmente ausentes em alguns campos e limitadas a alguns filamentos isolados em outros. Para o aspecto da reticulina em microscopia eletrônica, clique. | |
Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital e Maternidade Madre Theodora, gentilmente contribuído pelo Dr. Donizeti César Honorato, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso e texto: | RM | IH | ME |
Texto ilustrado linkado |
neuroimagem, neuropatologia |
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neuroimagem e neuropatologia |
Outros textos sobre hemangiopericitoma :
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