Ganglioglioma  multicístico  têmporo-occipital D. 
2. Imunohistoquímica para marcadores gliais. - GFAP, VIM
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Fem. 51a.  Clique para: ressonância magnética, HE, tricrômico de Masson, imunohistoquímica para marcadores gliais (GFAP, VIM), marcadores neuronais (SNF, cromogranina, NF, NeuN, MAP2, tubulina), CD34, Ki-67
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Destaques  da  imunohistoquímica.  Para destaques da HE e tricrômico de Masson, clique
GFAP. Marcação de parte das células neoplásicas, presumivelmente astrocitárias  VIM. Marcação de parte das células neoplásicas, inclusive algumas multinucleadas  SNF. Positiva focal no neurópilo e em corpos granulosos, negativa nas células tumorais, inclusive nas multinucleadas. 
Cromogranina.  Positiva em alguns neurônios do tumor Positiva também em células multinucleadas que podem ter linhagem neuronal  NF.  Positivo em axônios intratumorais, negativo em células 
NeuN.  Positivo em raros neurônios intratumorais, e em neurônios ectópicos da substância branca peritumoral.  MAP2.  Positivo difuso em células, algumas com aspecto de neurônios, e no neurópilo Positivo também em células multinucleadas, e em neurônios ectópicos da substância branca peritumoral. 
Tubulina.  Positivo em células tumorais, no neurópilo, e em neurônios ectópicos da substância branca peritumoral. Negativo em células multinucleadas   CD34.  Positivo em vasos, negativo no tumor.  Ki-67. Positividade em <<1% dos núcleos das células neoplásicas (raros núcleos isolados). Abaixo, a única figura de mitose encontrada
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GFAP,  aspecto geral. 

GFAP marca parte das células do tumor, que podem ser consideradas como de linhagem astrocitária, pois GFAP é um filamento intermediário expressado por astrócitos (e também por células ependimárias). Células não marcadas poderiam ser oligodendrócitos, ou células de linhagem neuronal, incluindo as células multinucleadas. 

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GFAP.  Células marcadas, linhagem astrocitária.  Na grande maioria, as células  GFAP-positivas têm aspecto de astrócitos fibrilares, alguns com prolongamentos em relação com vasos. Vários são de morfologia anômala, polinucleados ou com prolongamentos em distribuição irregular. 
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GFAP - Área lembrando oligodendroglioma. 

Nesta área onde as células neoplásicas assemelham-se a oligodendrócitos, com o clássico 'aspecto em ovo frito' (halo claro perinuclear),  não há marcação por GFAP. (Oligodendrócitos normalmente não expressam este filamento intermediário). 

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GFAP. Células não marcadas.   Além das áreas semelhantes a oligodendroglioma, várias outras células não expressam GFAP, em especial as células multinucleadas, cujos núcleos às vezes são grandes, redondos, com cromatina frouxa e nucléolo proeminente, lembrando os de neurônios.  Como algumas destas células expressam antígenos neuronais (cromogranina, MAP2, beta-tubulina classe III), provavelmente representam formas com diferenciação neuronal, e não astrocitária.  Os resultados evidenciam a heterogeneidade das células participantes deste ganglioglioma, enfatizando a natureza malformativa (disontogenética), mais que neoplásica (hiperplasiógena), da lesão.
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VIM. 

Os resultados com vimentina praticamente se superpõem aos com GFAP. As células marcadas têm morfologia astrocitária, áreas com aspecto de oligodendroglioma são negativas.  O anticorpo marca também o endotélio dos vasos, e algumas células multinucleadas (estas, negativas com GFAP). 

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VIM - Células marcadas.  As células vimentina-positivas são minoria neste ganglioglioma.  Admitimos que seriam de linhagem astrocitária, pois neurônios não marcam para VIM. Algumas têm morfologia lembrando astrócitos, inclusive gemistocíticos. Mas algumas células multinucleadas, que não marcaram para GFAP, são também positivas. 
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VIM - Áreas sugestivas de oligodendroglioma. 

Nesta região com células regulares, núcleos pequenos e halo claro perinuclear, praticamente não há marcação por VIM, como já havia sido notado para GFAP.  É tentador atribuir linhagem oligodendroglial a estas células, em face da semelhança morfológica com oligodendrócitos. 

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VIM - Células não  marcadas.  Quanto às células não marcadas, fica a dúvida se seriam todas de linhagem neuronal, ou incluiriam elementos indiferenciados que não expressam antígenos de nenhuma linhagem.  Morfologicamente é difícil alinhar estas células a um tipo celular definido do sistema nervoso central adulto. Essas incertezas só poderiam ser dirimidas se a mesma célula pudesse ser testada para vários anticorpos, o que é evidentemente impossível. Ilustram a dificuldade de atribuir uma linhagem ou diferenciação a uma determinada célula, mesmo com os métodos imunohistoquímicos atualmente em uso. 
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Preparações imunohistoquímicas deste caso pela técnica Ana Cláudia Sparapani Piaza, Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. 
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Caso gentilmente contribuído pelo Prof. Dr. Donizeti César Honorato, Campinas, SP. 
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Para mais imagens deste caso:
RM HE GFAP, VIM SNF, NF, NeuN, cromogranina  MAP2, tubulina, CD34, Ki-67
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Sobre  gangliogliomas : textos  (1) (2) Características de imagem Outros casos :  Neuroimagem e neuropatologia
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