Craniofaringioma adamantinomatoso. Parede de cisto com granulomas a colesterol.  Macro, HE
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Espécime.  Foi enviado um retalho de tecido membranáceo, de espessura irregular, pardacento, com áreas esbranquiçadas, com cerca de 3 cm no maior diâmetro, parecendo corresponder a parte da parede do cisto tumoral fazendo projeção para a substância branca dos lobos frontais (ver RM).  A imagem mostrada na fileira de cima deve corresponder à face interna do  cisto (mais lisa) e a outra à face externa em contato com o tecido nervoso. Na face interna, as áreas mais salientes de cor esbranquiçada ou amarela pálida, que se destacam do fundo pardacento, correspondem a cristais de colesterol e reação granulomatosa decorrente (ver histologia, abaixo). 
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Correlação  aproximada  entre uma imagem coronal de RM em T1 com contraste, mostrando o cisto na substância branca frontal E, e a face interna da parede do cisto. Contudo, não temos informação cirúrgica precisa de onde foi retirada a peça. 
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Correlação  aproximada  entre a peça vista pela face interna e imagem escaneada da lâmina com cortes transversais à parede do cisto. As áreas salientes de cor esbranquiçada correspondem aos granulomas de colesterol. As partes mais planas e pardacentas correspondem à parede do cisto fora dos granulomas. 
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Imagem escaneada de outra lâmina dos cristais de colesterol, que aparecem como finas agulhas brancas em meio ao tecido róseo do granuloma.  Para ver cristais em líquido de cistos de craniofaringioma em luz polarizada (de outro caso), clique. 

Destaques  da  microscopia
Granulomas a cristais de colesterol
Cristais de colesterol  Células gigantes  Infiltrado inflamatório
Parede do cisto
Aumento fraco Epitélio  Infiltrado inflamatório
Células fantasma  Calcificações Macrófagos xantomatosos 
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GRANULOMAS  A  CRISTAIS  DE  COLESTEROL
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Cristais de colesterol aparecem como finas agulhas em imagem negativa (não coradas) no tecido, freqüentemente envolvidos parcialmente por células gigantes de corpo estranho. Os cristais em si dissolveram-se com o processamento histológico, que passa por solventes como álcool e xilol, deixando fendas  paralelas.  Em montagem abaixo, comparar a forma dos cristais livres no líquido dos cistos e sua forma no tecido. Para mais imagens de cristais de colesterol em luz polarizada, clique. 
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Células gigantes de corpo estranho englobam parcialmente os cristais. 
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Denso infiltrado inflamatório crônico inespecífico, principalmente de linfócitos e plasmócitos, é visto associado aos granulomas.  Há também numerosos grânulos de hemossiderina. 

 
PAREDE DO CISTO
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A parede do cisto  era constituída por epitélio plano estratificado não corneificado, com uma camada basal apoiada no tecido conjuntivo, e uma camada espinhosa ou de Malpighi. Não havia células granulosas ou córneas. O tecido conjuntivo era fibroso frouxo, com infiltrado inespecífico linfoplasmocitário, focos de granulomas a cristais de colesterol e de macrófagos xantomatosos. Aqui e acolá havia agrupamentos de células fantasma e calcificações.  O epitélio estava voltado para a luz do cisto, o tecido conjuntivo fazia contato direto com o tecido nervoso adjacente (mas este não veio na amostra). 
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Epitélio.  O epitélio que reveste internamente o cisto é do tipo plano estratificado não corneificado, com uma camada basal apoiada sobre o tecido conjuntivo, e uma camada espinhosa. Não há células granulosas nem escamas córneas. A espessura varia área a área. As células freqüentemente estão separadas por espaços extracelulares amplos e presas entre si (por desmossomos), dando um aspecto esponjoso e frouxo ao epitélio (corresponde a edema extracelular).  Para microscopia eletrônica de dois casos de craniofaringioma, clique (1) (2). 
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Infiltrado inflamatório crônico inespecífico, linfoplasmocitário, no conjuntivo abaixo do epitélio. 
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Células fantasma.  Agrupamentos destas células anucleadas, originadas em uma transformação peculiar do epitélio do craniofaringioma, e propensas a calcificação, eram encontrados focalmente no próprio epitélio e no tecido conjuntivo subjacente.  Para mais sobre células fantasma em outros casos de craniofaringioma, clique (1) (2). 
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Calcificações.  Quase sempre originam-se em células fantasma, podendo haver calcificação de células isoladas ou de áreas mais extensas. 
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Cristais  de  colesterol e macrófagos xantomatosos.  Notavam-se acúmulos focais de fendas deixadas por cristais de colesterol, não raro envolvidas por células gigantes de corpo estranho, como já comentado acima. Havia também áreas ricas em macrófagos xantomatosos fagocitando lípides e grânulos de hemossiderina. 
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Para TC, RM, clique  »
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