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com feições angiomatosas, caráter infiltrativo e disseminação liquórica. 1-A. Primeira amostra - Macro, HE |
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Página de resumo do caso. Nesta página, macro e HE da primeira amostra obtida, na cirurgia de fins de janeiro de 2008. Para tricrômico de Masson e imunohistoquímica deste espécime, clique. Em outras páginas, HE, tricrômico de Masson e imunohistoquímica da segunda amostra, retirada após 6 meses. |
Espécime. Nódulo arredondado com áreas de superfície lisa e outras irregulares ou aveludadas, medindo cerca de 2,5 cm de diâmetro. |
Ao corte, chamavam a atenção estruturas que lembravam vasos espessos parcialmente ocluídos por trombos. Os maiores tinham até 0,6 cm de diâmetro interno. Esses vasos, depois confirmados pelo estudo histológico, correspondiam à maior parte da peça. Havia ainda área branco-amarelada, embaixo na foto à D, constituída por tecido nervoso glial do tipo pilocítico. | |
Comparação entre o espécime macro em corte e a lâmina equivalente em HE. O diagnóstico de astrocitoma pilocítico foi difícil e de compatibilidade em vez de certeza, pois os vasos calibrosos, de paredes espessas e hialinizadas, eram desproporcionalmente grandes em relação ao escasso tecido nervoso. O diagnóstico diferencial foi com uma gliose do tipo pilocítico reacional a uma malformação vascular. Essas reações gliais podem ser muito exuberantes e simular tumor. Para exemplos, veja uma malformação vascular (cavernoma) em região quiasmática e intensa gliose pilocítica em volta de um craniofaringioma, cujo tecido neoplásico regrediu totalmente. Se o estudo do caso se resumisse a essa amostra, talvez o diagnóstico final ficasse como gliose pilocítica em volta de malformação vascular. Há, porém, outra amostra, retirada após 6 meses, que demonstra cabalmente a natureza neoplásica do tecido astrocitário pilocítico. Para detalhes desta, clique: HE, tricrômico de Masson e imunohistoquímica. Há também disseminação liquórica do tumor, demonstrada por ressonância magnética. |
Lâmina escaneada em HE do primeiro espécime do caso, mostrando calibrosos vasos de parede espessa, hialinizada e malformada, sendo difícil caracterizá-los como artérias ou veias. As luzes contêm sangue e trombos recentes e organizados. Uma orla de tecido glial de padrão pilocítico é vista embaixo e à esquerda. Este tecido era de baixa celularidade, riquíssimo em fibras de Rosenthal e pequenos vasos hialinizados. |
Comparação entre lâminas escaneadas de HE, tricrômico de Masson, Weigert-van Gieson e imunohistoquímica para GFAP. As paredes dos vasos hialinizados, róseas em HE, coram-se fortemente em azul pelo tricrômico de Masson (corante - azul de anilina), e em vermelho pelo Weigert-van Gieson (corante - fucsina ácida), indicando a riqueza em colágeno. O tecido glial marca-se para GFAP, ficando o componente vascular negativo. | |
Destaques da microscopia (primeiro espécime, janeiro de 2008). | ||
HE. Grandes vasos hialinizados e trombosados | Tecido neoplásico pilocítico com pequenos vasos espessados | Áreas riquíssimas em fibras de Rosenthal |
Áreas com células lembrando oligodendrócitos | Masson. Vasos tortuosos, com múltiplas luzes, colageneizados | Prolongamentos fiformes de astrócitos pilocíticos e fibras de Rosenthal. |
GFAP. Fibras de Rosenthal | CD34. Organização e recanalização dos trombos dos grandes vasos tumorais | Ki-67. Positividade < 1% |
Para destaques do segundo espécime, obtido após 6 meses, clique. | ||
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Grandes vasos anômalos. As paredes destes vasos calibrosos eram fibrosas e hialinizadas, não se distinguindo fibras musculares lisas. Coravam-se intensamente em azul pelo tricrômico de Masson, revelando riqueza em colágeno. As luzes eram preenchidas parcialmente por trombos recentes ou recanalizados. Para demonstração de vasos neoformados nestes trombos, por imunohistoquímica para CD34, clique. |
Tecido
tumoral.
As áreas periféricas continham tecido com as características de um astrocitoma pilocítico de padrão histológico puramente pilocítico (isto é, não havia o padrão protoplasmático com microcistos, notado na segunda amostra). Havia numerosos vasos dilatados, por vezes com trombose, paredes espessadas e hialinizadas e múltiplas luzes. |
Tecido
tumoral e fibras de Rosenthal.
Certas áreas do tumor eram riquíssimas em fibras de Rosenthal, que apareciam como corpúsculos hialinos intensamente corados em vermelho, em meio aos prolongamentos dos astrócitos pilocíticos. |
Áreas com células vacuoladas lembrando oligodendrócitos. Em algumas áreas, células tumorais apresentavam citoplasma claro, amplo, com núcleo parecendo solto em um vacúolo aquoso, assemelhando-se ao clássico 'aspecto em ovo frito', característico dos oligodendrócitos e oligodendrogliomas. Extensas áreas com esta feição foram encontradas na segunda amostra cirúrgica, após 6 meses. Para aspecto semelhante em outro caso, clique. Para referências a respeito, clique. | |
Concreções
calcáreas.
Relativamente poucas calcificações foram observadas, contrastando com as calcificações grosseiras vistas nas tomografias computadorizadas. Porém, ver a segunda amostra, onde havia extensas concreções calcáreas. |
Periferia da lesão. Em certa região da periferia da peça, observou-se infiltrado inflamatório crônico inespecífico, principalmente linfocitário, no tecido tumoral pilocítico. Havia também grânulos de hemossiderina, atribuíveis a pequenas hemorragias oriundas dos vasos tumorais. |
Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Municipal Mário Gatti, de Campinas, gentilmente contribuído pelo Dr. Evandro Maciel Pinheiro e residentes. Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | |||
Página de resumo do caso | TC | RM | Espécime 1 : colorações especiais |
Espécime 1 : IH | Espécime 2 : HE | Tricrômico de Masson | IH |
Mais sobre astrocitomas pilocíticos: |
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