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Características do tumor. O astroblastoma é uma neoplasia glial rara, com predileção pelos hemisférios cerebrais e por pacientes relativamente jovens. Morfologicamente, é circunscrita e vasocêntrica: é bem delimitada do tecido nervoso não neoplásico, e composta por células GFAP positivas, com prolongamentos espessos, pouco ou não afilados, que se prendem radialmente a vasos sanguíneos. Estes freqüentemente mostram esclerose. Para um resumo das principais características do astroblastoma na literatura corrente, clique. |
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Aspecto geral do tumor - rosetas astroblásticas. A feição considerada mais característica do astroblastoma é a disposição das células neoplásicas ao longo de eixos conjuntivo-vasculares, formando arranjos radiais ou perpendiculares em torno de vasos. Se os vasos foram cortados transversalmente, as células constituem rosetas, que podem ser chamadas astroblásticas. Estas diferem das pseudorosetas perivasculares dos ependimomas (1) (2) porque, nos astroblastomas, as células são cilíndricas, e não se afilam ao contactar o vaso ou o tecido conjuntivo perivascular. Tomam, portanto, um aspecto epitelial. |
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As células tumorais são astrócitos com citoplasma róseo, homogêneo e abundante, lembrando o aspecto de astrócitos gemistocíticos. Na interface com um vaso e o tecido conjuntivo perivascular, as células tomam forma aproximadamente cilíndrica e a base de implantação é larga. | |
Cromatina grosseira, nucléolos. Apesar dos núcleos serem grandes, com algum polimorfismo e nucléolos proeminentes, o aspecto geral não é sugestivo de agressividade. Mitoses são incomuns e só raramente observa-se necrose. | |
Mitose. Só poucas mitoses foram observadas, todas típicas. Para mais exemplos, ver Ki-67. |
Boa delimitação com o tecido nervoso adjacente. A interface entre o tumor e o tecido nervoso adjacente é nítida e há apenas mínima margem de infiltração. |
Células claras. Em certas áreas do presente espécime as células tinham aspecto claro, com citoplasma vacuolado, lembrando um oligodendroglioma. Este diagnóstico foi afastado porque oligodendrogliomas são tumores infiltrativos, cujos limites com o tecido nervoso normal são borrados. Outro diagnóstico diferencial seria o ependimoma de células claras, que também deixamos de lado, por julgar que o tumor se enquadra melhor entre os astroblastomas que entre os ependimomas. |
Proliferação vascular. No centro de algumas rosetas havia proliferação endotelial vascular exuberante, formando pseudoglomérulos. Com Ki-67 observou-se marcação de vários núcleos de células endoteliais. |
Vasos hialinizados. Outra feição considerada importante na literatura sobre astroblastomas é a proeminente hialinização vascular. São vasos espessos, praticamente sem luz, constituídos por abundante tecido fibroso colágeno e poucos núcleos. Geralmente são encontrados em focos ou faixas em meio ao tecido neoplásico. |
Trombose.
Alguns vasos apresentavam trombose, mural ou oclusiva. É possível que parte dos vasos hialinizados originem-se da organização de trombos. |
Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes. Limeira, SP. |
Para mais imagens deste caso: | TC | IH : GFAP, VIM, S-100, EMA | IH : NSE, NF, SNF, CD34, Ki67 |
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