MELANOMA
MALIGNO
O melanoma é um tumor comum da pele. Outra localização
habitual é a coróide (camada pigmentada do olho, entre
a retina e a esclera). Na pele, a luz solar é um fator predisponente
importante e as regiões mais comumente afetadas são o dorso
e membros inferiores. Indivíduos de pele clara têm maior risco.
Alguns melanomas têm origem em lesões melânicas prévias
como o nevo nevocelular (ver a lâmina A. 18).
O sinal clínico mais precoce do melanoma é o aparecimento
de uma lesão pigmentada nova na vida adulta, ou a mudança
de tamanho e/ou de cor em uma lesão pigmentada já existente.
Ao contrário dos nevos, o melanoma costuma mostrar coexistência
de várias tonalidades de marrom, negro ou outras cores na mesma
lesão, e o contorno tende a ser irregular (não redondo como
nos nevos). Pode haver prurido e sangramento.
No melanoma, as células neoplásicas podem apresentar dois
tipos de crescimento, radial e vertical. Na fase inicial, o crescimento
é radial ou horizontal. As células crescem na junção
dermo-epidérmica, como observado nas lesões chamadas lentigos
(daí o termo padrão lentiginoso). Clinicamente a lesão
é plana, não elevada. Esta fase pode durar muito tempo
(até anos) sem que o tumor dê metástases. Com o tempo
porém inicia-se a fase de crescimento vertical, em que as células
infiltram tanto a epiderme acima, causando sua ulceração,
como a derme mais profunda, atingindo vasos linfáticos e sanguíneos.
A partir daí a ocorrência de metástases é praticamente
certa. Clinicamente esta fase se caracteriza por aparecimento de um nódulo
saliente na lesão que era plana, e corresponde à emergência
de um clone de células mais agressivas (através de mutações
gênicas, aberrações cromossômicas, etc.).
A profundidade atingida pelas células neoplásicas quando
do diagnóstico tem boa correlação com o prognóstico,
por isso é medido pelos índices de Clark e de Breslow (serão
discutidos em Dermatopatologia).
Para uma metástase pulmonar de melanoma maligno, ver lâmina
A.
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