Os melanomas constituem a neoplasia intraocular mais freqüente na
raça branca. São 8 vezes mais comuns em brancos que em negros.
Nos EUA a incidência de melanoma intraocular é um oitavo da
dos da pele.
Os melanomas originam-se dos melanócitos da úvea. São
células derivadas da crista neural, como os melanócitos da
pele, e como estes possuem prolongamentos dendríticos saindo do
corpo celular.
A maioria origina-se na coróide posterior e cresce entre a retina
e a esclera. Podem ser detectados pela primeira vez num exame oftalmoscópico
de rotina, ou causar perda da visão por descolamento da retina e
hemorragia intraocular. Podem propagar-se à superfície
do globo através das veias emissárias.
O prognóstico dos melanomas oculares é influenciado pelo
tipo histológico, tamanho do tumor, extensão à esclera
e atividade mitótica. A sobrevida de 15 anos varia entre 35
e 73%. Há forte tendência a metástases hepáticas
(local afetado em 95% dos pacientes com metástases). A enucleação
é o tratamento de escolha, principalmente para melanomas maiores
que 15 mm.