Esquistossomose hepática: exemplo de
inflamação crônica granulomatosa
Lam. A. 237

 
EOSINÓFILOS: COADJUVANTES  NA  REAÇÃO  ALÉRGICA  A  PARASITAS (HIPERSENSIBILIDADE  TIPO  I)

 

 
Lâm. A. 237.  Granulomas esquistossomóticos no fígado. Outro exemplo de inflamação crônica granulomatosa. Os vermes adultos de Schistosoma mansoni habitam os ramos intrahepáticos da veia porta, onde acasalam. Vermes mortos e ovos obstruem os pequenos vasos, causando reação inflamatória granulomatosa. Os granulomas são constituidos por células epitelióides e gigantes, como os já vistos na tuberculose (lâmina A. 63). É comum que tenham um halo linfocitário e fibroblastos na periferia, em arranjo concêntrico, formando uma cápsula. É freqüente nos granulomas o encontro de cascas de ovo fagocitadas por gigantócitos. Mais raramente são observados ovos intactos ou restos de vermes. 
            Os vermes e ovos provocam reação de hipersensibilidade do tipo I (anafilática), o que atrai eosinófilos. Os eosinófilos são as células inflamatórias mais relacionadas à defesa contra metazoários. É bem conhecido que pacientes portadores de helmintíases intestinais tendem a apresentar eosinofilia sanguínea. Nesta lâmina há eosinófilos isolados em vários granulomas. Ocasionalmente podem ser numerosos, como no exemplo ilustrado, relacionados a um verme necrótico. Para eosinófilos, ver também a lâmina de cistite eosinofílica (A.215).
            Também são observados nódulos fibróticos, resultado final da evolução dos granulomas. Com o tempo, quando há digestão do corpo que causou o granuloma, as células epitelióides e gigantes desaparecem, sendo substituidas por fibroblastos que produzem colágeno. A obstrução de múltiplos ramos portais intrahepáticos é a causa da hipertensão portal apresentada pelos pacientes com esquistossomose mansoni. 

 
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