Tuberculose  linfonodal: exemplo  de
inflamação  crônica  granulomatosa
Lam. A. 63

 

 
CORTE MENOR

 
CORTE MAIOR

 
Lâm. A. 63.  Tuberculose linfonodal, um exemplo de inflamação crônica granulomatosa.   Os linfonodos nesta lâmina têm estrutura profundamente alterada por granulomas constituidos por células epitelióides e gigantes. Os granulomas confluem, e tendem a obliterar o tecido linfóide normal pré-existente. No linfonodo maior a parte central de muitos granulomas sofreu necrose coagulativa, dita caseosa por seu aspecto macroscópico que lembra queijo mineiro ou ricota. A necrose caseosa é própria da tuberculose, mas não exclusiva, podendo ocorrer em outras infecções, como a blastomicose. 

 
GRANULOMAS

        Granuloma é um tipo especial de reação inflamatória em que os macrófagos sofrem modificações estruturais e funcionais para aumentar a eficiência da fagocitose. Há basicamente dois tipos: os imunogranulomas e os granulomas de corpo estranho.

            O principal constituinte dos granulomas é a célula epitelióide: é um macrófago aumentado de volume, com núcleo alongado, de cromatina frouxa, lembrando o de um fibroblasto. Porém, ao contrário dos fibroblastos, tem citoplasma abundante e róseo, embora de limites imprecisos.  A célula epitelióide difere dos macrófagos comuns porque estes são menores, o núcleo é redondo e o citoplasma é redondo e bem delimitado. Além disso, os macrófagos são soltos, enquanto que as células epitelióides estão presas umas às outras no granuloma. O conjunto lembra vagamente um epitélio (onde as células também estão aderidas entre si), daí o nome. 

            Considera-se que a célula epitelióide é um constituinte obrigatório dos granulomas, ou seja, se não há célula epitelióide, não é granuloma. As modificações que levam à transformação do macrófago em célula epitelióide são complexas. No caso dos imunogranulomas,  dependem de uma reação imune, isto é, apresentação de antígenos por macrófagos, interações com linfócitos T e liberação de várias linfocinas, que atuam sobre os macrófagos modificando a expressão de vários genes. Por isso, tomam tempo (alguns dias) para acontecer. 

            Outro componente muito comum, embora não obrigatório, dos granulomas é a célula gigante ou gigantócito. Trata-se de um macrófago volumoso com dezenas de núcleos. Nos imunogranulomas, especialmente nos de origem tuberculosa, os gigantócitos tendem a ter seus núcleos arranjados em ferradura na periferia da célula. Este tipo de gigantócito é chamado de célula gigante de Langhans

            Para os granulomas de corpo estranho, ver lâmina A. 13.


 
Ver também as outras  peças e lâminas de tuberculose. 

 
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