Lâm.
A. 86. Leishmaniose cutânea. Fragmento
de pele mostrando no derma intenso processo inflamatório crônico
granulomatoso. A epiderme está preservada. Os granulomas são
constituidos por células epitelióides e praticamente não
há gigantócitos. Em algumas áreas é possivel
observar-se macrófagos contendo leishmânias em vacúolos
citoplasmáticos. As leishmânias pertencem à espécie
Leishmania
brasiliensis, e são o agente etiológico da leishmaniose
tegumentar americana, também conhecida como
leishmaniose
cutâneo-mucosa ou úlcera de Bauru. São transmitidas
por picada do mosquito Phlebotomus em áreas expostas,
freqüentemente na face. Proliferam no derma no interior de macrófagos.
Podem causar extensa ulceração da pele com bordas salientes
"em moldura de quadro" e destruição de tecidos próximos,
como a cartilagem nasal, dando o aspecto conhecido como nariz de anta.
As leishmânias são minúsculas, da ordem de 2 mm
de diâmetro e só bem visualizadas em objetiva de imersão.
Em algumas é possível identificar o núcleo excêntrico,
dando ao parasita o aspecto de um diminuto plasmócito. |