Lâm.
A. 279B. Criptococose cerebral.
A criptococose do sistema nervoso central é a complicação
mais grave desta micose profunda. Os fungos atingem o cérebro por
via hematogênica a partir de um foco pulmonar. Reproduzem-se no líquor,
preenchendo o espaço subaracnóideo (entre a aracnóide
e a pia-máter) e penetrando nos espaços de Virchow-Robin.
Estes são prolongamentos do espaço subaracnóideo ao
longo dos vasos maiores que penetram no cérebro. Normalmente são
muito delgados e preenchidos por líquor. O crescimento dos fungos
leva à dilatação dos espaços e compressão
dos vasos, com isquemia cerebral. Macroscopicamente, o cérebro fica
com a meninge espessada e aspecto gelatinoso. Ao corte, é possível
observar pequenos cistos no córtex ou nos núcleos da base,
correspondentes aos espaços de Virchow-Robin distendidos por fungos.
As características morfológicas dos fungos são as
mesmas já descritas na lâmina de criptococose pulmonar (A.
279A). |