Hanseníase  tuberculóide
Lam. A. 2

 

 

 
Lâm. A. 2.  Hanseníase tuberculóide.  Neste fragmento de pele, chamam a atenção granulomas  situados na derme, sendo os maiores na profundidade. São constituidos de células epitelióides, de forma semelhante aos granulomas da tuberculose. Esta é a razão do termo hanseníase tuberculóide.  Embora aqui não estejam demonstrados gigantócitos, eles poderiam estar presentes em outros cortes, ou em outros casos. Há uma pequena área de necrose caseosa em um granuloma, mas ela não é necessária para o diagnóstico. 
            Trata-se, portanto, de uma dermatite crônica granulomatosa, o que em si não é específico de nenhuma doença. Outras que poderiam apresentar aspecto histopatológico semelhante são a sífilis terciária e a sarcoidose. O diagnóstico de hanseníase tuberculóide baseia-se em dados clínicos de que a lesão apresentava alopécia e anestesia (como já visto na hanseníase incaracterística).  A pesquisa de bacilos de Hansen (bacilos álcool-ácido resistentes ou BAAR) pela técnica de Ziehl-Neelsen provavelmente resultaria negativa, pois a reação granulomatosa é eficiente para destruir os bacilos. 
            Notar que há um pequeno cisto epidérmico na parte alta da derme. É um achado fortuito sem relação com a hanseníase. Esses pequenos cistos revestidos por epitélio plano semelhante ao da epiderme são comuns na pele  e crescem por descamação das células para o interior da cavidade. Clinicamente produzem pequenas elevações, conhecidas popularmente como cistos sebáceos. Se o cisto se rompe na derme, o material queratinizado pode provocar uma reação inflamatória de corpo estranho, como já visto na lâmina A. 13 para lípides. 

 
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