Involução do timo
Lam. A. 362

 

 

 

 
Lâm. A. 362.  Involução do timo. Comparando-se com o timo normal da  lâmina anterior (A. 365), este está muito menor. Há nítida atrofia dos lóbulos tímicos e o tecido conjuntivo interlobular parece proporcionalmente maior e mais espesso. Houve desaparecimento dos linfócitos, causado por alguma forma de stress, como anóxia intrauterina crônica, desnutrição acentuada, infecções agudas ou outros agentes. O mecanismo seria a liberação de glicocorticóides em abundância pela supra-renal, que têm capacidade de induzir apoptose nos timócitos. Na fase muito aguda, a lise de grande número de timócitos atrai macrófagos que fagocitam os corpos apoptóticos, dando à camada cortical do timo o aspecto em céu estrelado, já visto em folículos linfóides da hiperplasia linfóide folicular (lâmina A. 359) (não é o caso aqui). Posteriormente, estes macrófagos desaparecem, e temos o aspecto demonstrado nesta lâmina. Aqui houve desaparecimento de grande parte da população linfocitária do timo, que fica com aspecto depletado.  Há atrofia difusa dos lóbulos,  com perda da delimitação córtico-medular. Devido ao desaparecimento dos linfócitos, as células epiteliais, normalmente difíceis de distinguir no timo normal, tornam-se mais evidentes. Têm núcleos alongados e cromatina frouxa.  Os corpúsculos de Hassall da camada medular também sofrem aumento relativo. Vários mostram-se císticos. 
O fenômeno observado nesta lâmina é notado em timos de recém-nascidos ou lactentes, e nada tem a ver com a involução fisiológica do timo com a idade, que só acontece após a puberdade. 

 
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