Adenomas
da tiróide
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Os adenomas
podem ser histologicamente indistinguíveis dos nódulos hiperplásicos
observados nos bócios nodulares. A melhor maneira de diferenciá-los
é na macroscopia: nos bócios os nódulos
são múltiplos, pois são resposta a estimulação
por TSH que afeta toda a glândula. O adenoma é constituído
por um só nódulo, e deriva de mutação somática
em uma única célula, geralmente em gens que regulam o crescimento
celular.
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Clinicamente,
a maior parte dos adenomas é não funcionante, mas
é impossível determinar o comportamento funcional através
do aspecto microscópico do tumor. Os adenomas hipersecretantes podem,
como alguns nódulos hiperplásicos de bócios,
produzir hipertiroidismo, chamado em ambos casos de doença
de Plummer.
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Os adenomas
captam menos iodo que o tecido tiroidiano normal e por isso aparecem como
nódulos
frios no mapeamento com iodo radiativo. Dos nódulos frios, cerca
de 10% são carcinomas da tiróide (ver adiante). Por
outro lado, é raro que nódulos hipercaptantes ('quentes')
correspondam a neoplasias malignas.
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O diagnóstico
diferencial entre adenoma e carcinoma da tiróide baseia-se em cuidadoso
exame histológico do espécime cirúrgico, em que se
procura invasão da cápsula ou de vasos. Estes são
os únicos critérios seguros, pois pleomorfismo ou mitoses
não são confiáveis.
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A grande maioria
dos adenomas não sofre malignização. Os carcinomas
parecem originar-se já como tais, e não a partir de adenomas.
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