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Inclusões virais
Na poliomielite há necrose extensa de neurônios do corno anterior da medula espinal podendo chegar à cavitação. Há infiltrado linfomonocitário perivascular intenso no parênquima, como é o caso também em outras encefalites virais. O quadro histológico é inespecífico e na pólio geralmente não há inclusões virais como as demonstradas acima. Contudo, a localização das lesões no corno anterior é característica (ver lâmina da coleção didática, A. 342). |
A encefalite herpética é das mais agressivas, causando efetivamente necrose do encéfalo, por vezes extensa e fatal. A localização preferencial é no lobo temporal, uni ou bilateral. O lobo afetado torna-se edemaciado e hiperemiado, podendo a lesão simular um infarto ou abscesso (fig à E). Se o paciente sobrevive à fase aguda, podem restar seqüelas graves. A necrose é reabsorvida, resultando cavidades císticas e gliose. Na fig. à D. o cérebro está reduzido de volume (comparar com o cerebelo) e de aspecto translúcido. As alterações predominam no lobo temporal. |
Necrose de neurônio, fase inicial (picnose nuclear, eosinofilia do citoplasma). Comparar com os neurônios não afetados próximos. |
Necrose de neurônio, fase avançada (cariolise ou desaparecimento do núcleo) |
Inclusões intranucleares em neurônios. |
Neuronofagia. O neurônio em degeneração é circundado por células inflamatórias mononucleares que promovem sua fagocitose. |
Vasculite necrosante. Estes pequenos vasos estão infiltrados por células inflamatórias e perderam sua estrutura. |
As lesões histológicas da encefalite herpética são típicas das encefalites virais em geral e inespecíficas não permitindo por si sós o diagnóstico do agente. Destacam-se porém pela gravidade. O acometimento vascular é responsável em parte pela necrose, de expressão já macroscópica. A neuronofagia é uma feição própria das encefalites e não ocorre, por exemplo, em necrose isquêmica. Decorre de atração de células imunocompetentes pelos antígenos virais presentes na superfície externa dos neurônios parasitados. |
A leucoencefalopatia multifocal progressiva é causada por um virus (JC) do grupo papova e afeta principalmente imunodeprimidos. O virus parasita oligodendrócitos (que podem apresentar inclusões intranucleares) e causa degeneração dos mesmos, resultando em perda de baínhas de mielina do sistema nervoso central. A foto mostra a substância branca cerebral corada para mielina em azul. As lesões são as áreas róseas semelhantes a manchas confluentes, onde a mielina desapareceu. |
Aprenda
mais sobre este assunto em:
Textos de apoio: neuroviroses, poliomielite, raiva
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