Fraturas de crânio
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Fraturas graves (acidente automobilístico) causando laceração da dura-máter e extrusão de tecido cerebral (seta). Houve disjunção da sutura fronto-parietal (à direita) e fratura linear da convexidade do osso frontal.

Mesmo caso da fig. à E., após retirada do encéfalo. Fraturas cominutivas (em que o osso se quebra em vários fragmentos) da base do crânio (frontal e temporal direitos). 
Fratura linear do rochedo do osso temporal E (seta), visualizada após a retirada da dura-máter.  Estas fraturas podem causar ruptura da A. meníngea média, que corre num sulco na face interna do osso  temporal, originando hematomas extradurais (ver abaixo). 

..Contusões  cerebrais  agudas

Base de crânio normal para mostrar a região frontal (fossa anterior) e temporal (fossa média), divididas pela pequena asa do esfenóide (setas). A superfície óssea nestas regiões é irregular, com saliências e depressões conhecidas respectivamente como eminências mamilares e impressões digitais. Este relevo se ajusta intimamente aos giros e sulcos cerebrais. Em caso de trauma, com deslocamento brusco do cérebro em relação ao crâneo, a face orbitária dos lobos frontais e a região anterior dos lobos temporais são as que têm maior probabilidade de sofrer contusões. O cérebro 'rala' contra os ossos da base.  Como a superfície interna da calota é lisa, contusões na convexidade são menos comuns. 
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Contusões cerebrais em sua localização clássica na face inferior dos lobos frontais. 

As fotos em cima são de uma contusão excepcionalmente grave (correspondem ao mesmo caso do topo da página, com fraturas cominutivas dos ossos da base). Houve destruição  completa dos giros na área da contusão. A lesão na convexidade frontal junto à linha média (seta) corresponde também a uma contusão, mas associada à fratura linear do osso frontal, por onde houve extravasamento de tecido cerebral necrótico. 

A foto à E. mostra uma contusão menos grave, característica pelo seu aspecto hemorrágico afetando predominantemente a porção mais superficial dos giros (setas) e poupando a profundidade dos sulcos. 

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Contusão localizada na região parieto-temporal D.  (lesão hemorrágica no centro da foto à E.). Em corte, a lesão é profunda, hemorrágica e em forma de cunha. Esta é uma localização pouco usual para contusões, por ser a superfície óssea da calota craniana lisa nesta região. Provavelmente a contusão aí se deve a um objeto contundente de superfície pequena, como um martelo, ou queda sobre uma superfície ponteaguda. 
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Contusão antiga grave na face orbitária do lobo frontal E. (aparece à D. na foto). Notar desaparecimento do bulbo olfatório do mesmo lado. Em corte, a contusão resultou em necrose quase completa do córtex e substância branca, deixando cavidade em comunicação com o ventrículo. Há outra lesão traumática recente na convexidade frontal do mesmo lado (foto da D.). Trata-se de outra contusão, devida a queda durante crise convulsiva. Os ataques epilépticos passaram a ocorrer em conseqüência da primeira contusão. 
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Contusão frontal grave que causou um hematoma intracerebral. Áreas de necrose hemorrágica são visíveis no córtex da convexidade. 

Contusões  cerebrais  antigas

Contusão antiga pequena no córtex temporal. Notar áreas ferruginosas e levemente deprimidas ao longo dos giros. 
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Grande contusão antiga na localização clássica, afetando a face orbitária do lobo frontal, polos frontal e temporal e convexidade adjacente. A lesão foi causada por acidente automobilístico 4 anos antes do óbito. Notar a destruição quase completa do córtex cerebral e tonalidade ferruginosa (hemossiderose). 

Ferimentos por arma de fogo (FAFs)


Radiografia simples de crânio em perfil de um paciente atingido por um projétil de arma de fogo na região frontal. A bala alojou-se na região occipital, deixando fragmentos metálicos e ósseos no seu trajeto. 

Entrada do projétil no osso frontal, com fraturas lineares irradiando a partir do orifício. 

Após a abertura do crânio, observa-se grande hematoma subdural. O coágulo sanguíneo está contido sob pressão entre a dura-máter e o cérebro, dando à dura cor levemente azulada. Os ramos da A. meníngea média (setas) são visíveis na face externa da dura. Porém, o hematoma subdural teve origem em ruptura de veias da convexidade cerebral no trajeto da bala. 

Cortes frontais do encéfalo mostram o trajeto da bala, que foi em sentido ântero-posterior e próximo à superfície do hemisfério cerebral direito.  A posição tangencial ao crânio levou o projétil a lesar vasos da convexidade, causando a formação do hematoma subdural visto na foto anterior. 

Localização final do projétil no lobo occipital D. 


Meningite purulenta, uma conseqüência comum de traumas de crânio abertos (isto é, com ruptura da dura-máter). Não é o mesmo caso das outras fotos deste painel. 
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Mais sobre este assunto em: 
Textos de apoio:  fraturascontusões, FAFs
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Contusão  antiga
SN-79

Neuroimagem: visão geral - trauma

fraturas, contusões, FAFs
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