Histiocitose X ou de células de Langerhans da órbita.
3. Microscopia eletrônica
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Masc., 63 a.  Clique para exames de imagem, HE, imunohistoquímica, e breves textos sobre   macrófagos, células dendríticascélulas de Langerhansgrânulos de Birbeck, Langerina, histiocitoses em geral, histiocitose X ou de células de LangerhansCD1a, CD68.

Em microscopia eletrônica é possível observar a intimidade das células de Langerhans. O núcleo tem contorno irregular, com profundas reentrâncias, por vezes multilobado. Lóbulos vizinhos são conectados por finas extensões de membranas nucleares justapostas. A cromatina é frouxa e bem distribuída, com adensamento junto à carioteca. Nucléolos não chamam a atenção. O citoplasma é amplo, finamente granuloso e organelas são esparsas. Entre elas há mitocôndrias, lisossomos (fortemente eletrodensos), perfis do retículo endoplasmático liso e rugoso, e aparelho de Golgi. Nas vizinhanças das cisternas do Golgi há também numerosas vesículas e não é difícil o encontro dos grânulos de Birbeck, considerados patognomônicos para as células de Langerhans. A membrana externa lança pseudópodos curtos e em quantidade modesta. 

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Destaques  da  microscopia eletrônica. 
Células de Langerhans.  Formação de grânulos de Birbeck na superfície de células de Langerhans.  Grânulos de Birbeck no citoplasma de células de Langerhans. 
Fusão de grânulos de Birbeck com vesículas do aparelho de Golgi - aspecto em raquete.  Pseudópodos em células de Langerhans.  Grânulos de Birbeck em caso de histiocitose de Langerhans da pele. 
Para destaques da HE  e  da imunohistoquímica, clique
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Células  de  Langerhans. 

Em microscopia eletrônica é possível observar a intimidade das células de Langerhans. O núcleo tem contorno irregular, com profundas reentrâncias, por vezes multilobado. Lóbulos vizinhos são conectados por finas extensões de membranas nucleares justapostas. A cromatina é frouxa e bem distribuída, com adensamento junto à carioteca. Nucléolos não chamam a atenção. O citoplasma é amplo, finamente granuloso e organelas são esparsas. Entre elas há mitocôndrias, lisossomos (fortemente eletrodensos), perfis do retículo endoplasmático liso e rugoso, e aparelho de Golgi. 

Nas vizinhanças das cisternas do Golgi há também numerosas vesículas e não é difícil o encontro dos grânulos de Birbeck, considerados patognomônicos para as células de Langerhans. A membrana externa lança pseudópodos curtos e em quantidade modesta. 
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Grânulos de Birbeck em formação.

Estão associados à membrana plasmática (externa) da célula. Apresentam-se como reentrâncias da membrana lembrando um tubo de ensaio introduzido obliquamente no citoplasma. A extremidade superficial está em continuidade com o meio extracelular. São fáceis de encontrar, não raro dois ou três por célula naquele plano de corte.  As duas membranas são exatamente paralelas e entre elas é possível observar uma densidade laminar, criando uma estrutura com cinco camadas ou pentalamelar.  A imagem ultraestrutural é estática, mas é tentador imaginar que a formação tenha finalidade endocitótica. É como se as duas faces da membrana se fechassem à maneira de um ziper, englobando substâncias do meio externo ou adsorvidas à superfície celular. Posteriormente, estes segmentos de membrana são internalizados, dando origem aos grânulos de Birbeck propriamente ditos. Eventualmente  os grânulos se comunicam com vesículas citoplasmáticas, provavelmente do complexo do Golgi, criando as clássicas formas em raquete. Através deste processo, acredita-se, as células de Langerhans capturam moléculas de antígenos (particularmente de natureza lipídica) para processamento e apresentação aos linfócitos T. 

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Grânulos de Birbeck no citoplasma das células de  Langerhans. 
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Grânulos de Birbeck em  fusão com vesículas citoplasmáticas. 
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Citoplasma de uma  célula de Langerhans. 

Aqui há várias organelas, inclusive grânulos de Birbeck em relação com vesículas citoplasmáticas, presumivelmente de transporte. Aqui e acolá observam-se grânulos  fundidos às vesículas, proporcionando o clássico aspecto em raquete de tenis. O evento deve ser raro, pois tais fusões são de encontro relativamente difícil.  Detalhes abaixo. 

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Pseudópodos  na  superfície de células de Langerhans. 
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Mitocôndria  com  cristas  longitudinais. 

Esta pequena organela chamava a atenção pelo arranjo em paralelo e longitudinal das membranas internas. A melhor hipótese que nos ocorre para ela seria uma mitocôndria, embora difira de outras do mesmo espécime pelo tamanho menor e maior compactação das cristas. 

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Grânulos de Birbeck  em histiocitose de Langerhans da pele.   Parte do citoplasma de uma célula de Langerhans excepcionalmente rica em grânulos de Birbeck, muitos fundidos com vesículas do complexo de Golgi, dando a característica forma em raquete. 
Caso da Profa. Dra. Maria Letícia Cintra, especialista em Dermatopatologia do Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP.  Foto original pela técnica em microscopia eletrônica Marilúcia Ruggiero Martins Ferreira; edição pelo fotógrafo, Sr. Adilson Abílio Piaza.  Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. Aqui demonstradas por cortesia dos Autores. 
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Preparações de microscopia eletrônica pelas técnicas, Sras. Marilúcia Ruggiero Martins e Geralda Domiciana de Pádua. A elas, nossos agradecimentos. 
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Para mais imagens deste caso: TC, RM HE IH
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Textos  sobre  macrófagos, células dendríticascélulas de Langerhansgrânulos de Birbeck, Langerina, histiocitoses em geral, histiocitose X ou de células de LangerhansCD1a, CD68. Histiocitoses, mais casos:
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