Encefalocele  fronto-etmoidal  ( fronto-orbitária)
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Foi efetuada exérese cirúrgica da encefalocele (ver destaques dos exames de imagem) e reparo do defeito ósseo, sendo o material enviado para estudo anátomo-patológico. 

Aspecto geral.   Os fragmentos mostram tecido nervoso desorganizado, com arquitetura anárquica,  entrecortado por traves de tecido fibroso colágeno. Em parte, o tecido nervoso é semelhante ao córtex cerebral, havendo também áreas que lembram substância branca, e observa-se gliose. Em HE, é mais difícil separar os dois componentes (tecido neuroectodérmico e tecido conjuntivo), pois ambos se coram em róseo. A coloração de escolha para estudo deste material é o tricrômico de Masson.  Para imunohistoquímica de caso semelhante, clique.  Para tomografias computadorizadas deste caso demonstrando a topografia e evolução cronológica da lesão, clique

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HE
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COLORAÇÕES  ESPECIAIS
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Tricrômico de Masson. Por corar as fibras colágenas em azul, o tricrômico de Masson destaca-as vivamente contra o tecido nervoso, que se cora em vermelho.  Assim, nota-se a extensa fibrose cicatricial do tecido nervoso herniado pela encefalocele.  As traves fibrosas entrecortam o tecido nervoso gliótico em ilhotas de variados tamanhos, que mostram preservação também variável da arquitetura original. Na maior parte esta arquitetura não é mais reconhecível devido à distorção e à gliose. 
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Áreas  lembrando  córtex  cerebral.   Estas áreas correspondem ao córtex frontal herniado pela encefalocele. A arquitetura é muito próxima, por vezes indistinguível, do córtex normal. Há vários neurônios piramidais, cujos dendritos apicais, em situação normal, apontam para a leptomeninge. Um delicado neurópilo de aspecto finamente espumoso preenche os espaços entre os corpos celulares dos neurônios e núcleos de células gliais.
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Gliose - fibrilas gliais.   Em outras áreas, há cicatrização do tecido nervoso na forma de gliose, ou seja, de uma trama de prolongamentos astrocitários ricos em GFAP.  Lembrar que gliose é uma reação cicatricial inespecífica do tecido nervoso, produzida por hipertrofia e/ou hiperplasia dos astrócitos, que produzem fibrilas gliais intracitoplasmáticas, constituídas pelo filamento intermediário ou proteína do citoesqueleto chamado proteína glial ácida fibrilar ou glial fibrillary acidic protein (GFAP) em inglês. Para gliose em outro caso de encefalocele, demonstrada por imunohistoquímica para GFAP, clique
Aqui, a gliose aparece como uma rede de fibrilas orientadas em todas direções, ou às vezes, em disposição mais ou menos paralela. Há freqüente interface com traves de tecido fibroso colágeno coradas em azul.  Lembrar que o colágeno é uma proteína fibrilar extracelular produzida por fibroblastos. 
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Gliose - astrócitos  hipertróficos.   Em algumas áreas, identificam-se os astrócitos que produziram as fibrilas gliais vistas acima. São células com prolongamentos citoplasmáticos, citoplasma abundante e núcleo excêntrico (aspecto gemistocítico). Pode-se ocasionalmente surpreender a conexão destes prolongamentos com vasos, e/ou fibrilas gliais nos prolongamentos citoplasmáticos (coradas em vermelho, enquanto que o citoplasma cora-se em roxo). 
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Fibrose.  Feixes de fibras colágenas irregularmente dispostas em meio ao tecido nervoso gliótico. 
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