Displasia  cortical  do tipo  Taylor
3 - Imunohistoquímica para neurônios

 

 
NSE. NSE (enolase neurônio-específica) foi a melhor técnica para estudo da arquitetura do córtex displásico, demonstrando os corpos celulares de neurônios e o neurópilo. Este é o tecido entre os neurônios, composto por prolongamentos celulares de neurônios e células da glia, e contendo muitas sinapses. (Para ver neurópilo normal em microscopia eletrônica, clique). A substância branca na profundidade do sulco, que está gliótica e rarefeita, aparece clara. A área de córtex da profundidade do sulco, onde as alterações displásicas são máximas, aparece mais clara que o córtex de outras regiões (provavelmente devido à intensa gliose neste setor). Outros focos de gliose (escuros na lâmina de vimentina) aparecem também com reação mais fraca em NSE. Comparar as imagens escaneadas das duas lâminas. 
Campos fotografados da lâmina de NSE, demonstrados nos quadros abaixo. 
1 - Profundidade do sulco e camadas superficiais do córtex displásico. No córtex cerebral deste sulco as alterações displásicas eram as mais acentuadas. Há gliose da camada molecular e, na segunda camada, vários neurônios displásicos, grandes, com anormalias de forma e orientação. 
Gliose da camada molecular.  Há intensa gliose da camada molecular, que aparece clara, com falta de reação, pois o excesso de glia corresponde a escassez de neurópilo.
Neurônios displásicos. Localizados na segunda camada, que normalmente corresponde à camada granulosa externa, uma camada de células pequenas e sem formato piramidal. Aqui, ao contrário, há numerosos neurônios displásicos grandes, que estão orientados em várias direções e formam agrupamentos irregulares. 

 
2 - Camadas profundas do córtex displásico.   Notam-se muitos neurônios gigantes e  anômalos. Na VIª camada, estes neurônios tendem a assumir posição horizontal, paralela à superfície meníngea. Os neurônios são reconhecidos pela morfologia do núcleo (redondo, grande, vesiculoso, com nucléolo evidente) e pela positividade do citoplasma amplo para NSE. Além deles observam-se várias células também volumosas, mas  negativas para NSE, com núcleo excêntrico e citoplasma amplo, correspondendo às balloon cells vistas em HE. Nestas, o núcleo pode ou não lembrar o de neurônios, e várias são binucleadas.  Em todas as fotos, leptomeninge para cima. 
Balloon cells. Negativas para NSE.

 
3 - Convexidade do giro, mostrando também gliose da camada molecular.  Foi observado um único neurônio com prolongamentos paralelos à superfície, interpretado como célula de Cajal-Retzius. 
As alterações displásicas dos neurônios são menos acentuadas aqui em relação às do córtex da profundidade do sulco. 
Em aumento forte,  chamam a atenção células não reagentes a NSE, presumivelmente gliais, com citoplasma amplo e núcleo excêntrico, algumas binucleadas. São claramente anormais, e são interpretadas como balloon cells. Comparar com VIM e GFAP

 
4 - Substância branca.   Chamam a atenção numerosos neurônios ectópicos, demonstrados com clareza por NSE. 

 
NF. O anticorpo para proteína de neurofilamento também demonstra neurônios displásicos, principalmente na segunda camada, camadas inferiores do córtex e transição para substância branca. 
NF. Nas camadas inferiores do córtex os neurônios displásicos chamam a atenção pelo seu volume e irregularidade de orientação. Alguns são vacuolados. Só algumas células se coram. 
Neurônios ectópicos na substância branca. São demonstrados por NF, mas NSE é superior. 

 
SNF. A reatividade para sinaptofisina é geralmente fraca nos corpos celulares de neurônios, displásicos ou não. Em alguns é possível observar estruturas marcadas na periferia do corpo celular, lembrando botões sinápticos. 
Neurônios ectópicos na substância branca. São demonstrados por SNF, mas NSE é superior. 

 
CGR. Cromogranina demonstra bem os neurônios displásicos através de intensa marcação citoplasmática. 
2a. Camada.
5a. Camada. A marcação citoplasmática é heterogênea, dando aspecto granulado que parece corresponder aos corpúsculos de Nissl. 

 
Para mais imagens deste caso: 
RM Macro, HE,
resumo IH
IH para astrócitos
Neuropatologia
- Graduação
Neuropatologia - 
Casos Complementares
Neuroimagem
- Graduação
Neuroimagem - 
Casos Complementares
Correlação 
Neuropatologia - Neuroimagem
VOLTA À PÁGINA ÍNDICE