Metástases cerebrais
ocorrem sempre por via sanguínea. Sua freqüência
é alta, semelhante à dos gliomas e meningiomas. Afetam
geralmente pacientes a partir da meia idade.
Origem.
Os tumores que mais dão metástases cerebrais são os
carcinomas
broncogênicos, os da mama
feminina e os melanomas.
O tumor
metastático pode-se manifestar antes do primário (carcinoma
oculto), ou pode haver latência de até vários anos
após a remoção do primário para que ocorra
a metástase, como é freqüente com o carcinoma renal.
Localização.
As metástases podem localizar-se nos ossos
do crânio ou vértebras.
Metástases no crânio rapidamente ultrapassam a dura-máter.
A infiltração das meninges
pode causar meningite carcinomatosa (= carcinomatose meníngea).
Macroscopicamente, nota-se espessamento difuso da leptomeninge, que pode
simular exsudato purulento.
No tecido
nervoso propriamente dito, metástases são freqüentes
no cérebro e no cerebelo (ver vários exemplos em neuroimagem),
e raras no tronco cerebral e medula, porque a circulação
sanguínea nestes locais é menor. São habitualmente
múltiplas, bem delimitadas, esbranquiçadas, firmes, quase
sempre com necrose. Esta, quando muito extensa, pode resultar num cisto,
restando células tumorais apenas na margem. Metástases de
melanoma muitas vezes são hemorrágicas.
Geralmente há edema em torno de metástases.
Ao exame microscópico
o limite entre o tumor e o tecido cerebral é nítida, ao contrário
dos gliomas, onde as células neoplásicas se mesclam ao tecido
nervoso de maneira difusa. O diagnóstico diferencial entre o glioma
e metástase pode ser difícil nos carcinomas broncogênicos
indiferenciados do tipo oat cell, que são muito infiltrativos
e podem se assemelhar a glioblastomas. |