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Produção
e absorção de LCR.
Definição. Aumento da quantidade de LCR na cavidade craniana.
Causas de bloqueio adquiridas a) Processos inflamatórios crônicos, que levem à gliose subependimária do aqueduto de Sylvius ou do IVº ventrículo e/ou a fibrose da leptomeninge da base, dificultando o fluxo de LCR pelas cisternas. Uma importante causa de hidrocefalia obstrutiva inflamatória em nosso meio é a neurocisticercose. Além da reação inflamatória, os cisticercos, livres ou presos à parede das vias onde circula o LCR, podem causar obstrução de pontos estreitos do sistema ventricular. A localização mais comum de cisticercos no sistema ventricular é no IVº ventrículo. Também devem ser lembradas como causa de hidrocefalia a neurotuberculose, a criptococose, a toxoplasmose e a neurosífilis (hoje rara). b) Hemorragia subaracnóidea, originada em ruptura de aneurismas congênitos, malformações artério-venosas ou traumatismos. A presença de sangue na leptomeninge causa reação inflamatória crônica e fibrose. c) Tumores, principalmente os de fossa posterior, que comprimem o aqueduto de Sylvius ou reduzem o IVº ventrículo. São exemplos: meduloblastomas, ependimomas e gliomas do tronco cerebral. d) Hidrocefalia por produção
excessiva do LCR. Pode ser causada por um tumor raro, o papiloma
do plexo coróideo, que ocorre geralmente nos ventrículos
laterais na infância e secreta abundante LCR, levando a hidrocefalia.
Causas de bloqueio congênitas A hidrocefalia congênita manifesta-se nos primeiros dias ou semanas de vida, ou já ao nascimento, por aumento do perímetro cefálico acima do normal. Tal não se observa em crianças maiores ou adultos porque as suturas do crânio já se soldaram. a) Uma importante causa de hidrocefalia congênita é a malformação de Arnold-Chiari, uma anomalia complexa da fossa posterior, caracterizada por herniação permanente do bulbo e do cerebelo através do foramen magno, passando ao canal espinal cervical. A tenda do cerebelo tem implantação baixa, sendo a fossa posterior pequena. Quase sempre há meningomielocele e hidrocefalia associadas. Admite-se que a causa da hidrocefalia seja a compressão do IVº ventrículo e dos seus foramens de saída pela hérnia crônica do cerebelo e do bulbo. A causa e patogênese da malformação são mal conhecidas. b)
A hidrocefalia congênita pode ser também causada por malformações
do aqueduto de Sylvius, como estenose, septação
e bifurcação (forking). Em vez de um canal há dois
ou mais, mas de diâmetro insuficiente.
Aspecto macroscópico
Tratamento. Além do tratamento da causa básica quando possível, a pressão liquórica deve ser aliviada por derivação ventrículo-peritonial. Através de um orifício no crânio, introduz-se um catéter no cérebro, cuja extremidade distal se situa em um dos ventrículos. O catéter retira líquor e o conduz sob a pele até a cavidade peritonial. Uma válvula é interposta na tubulação para impedir tanto refluxo quanto drenagem liquórica excessiva, que poderia murchar o cérebro muito depressa estirando as veias que drenam para o seio sagital superior e causando hemorragias. Geralmente os resultados são satisfatórios, com regressão da hidrocefalia e bom desenvolvimento neuropsicomotor. Entre as complicações estão a infecção do SNC por via retrógrada, p. ex., a partir de uma peritonite, e a obstrução do catéter. |
Mais sobre
este assunto em:
Peças:
P. ex., examinar : Patologia vascular: infarto isquêmico 13. Trauma: hematoma subdural agudo 3, lesão axonal 3. Inflamações: abscesso 8, neurotuberculose 6, toxoplasmose 7; cisticercose 7, 9, 13. Neoplasias: glioblastoma 2; astrocitoma pilocítico 2, meduloblastoma 2, meningioma 5, schwannoma 1, metástase 1, 10. |
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