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Fem. 57 a. Fala desconexa, desmaios e alteração de comportamento. Antecedentes pessoais: dor no hemicorpo D há 1 ano. Exame neurológico: fala lentificada, reflexos exaltados, rigidez de nuca. LCR : pleocitose (hemácias - 70/mm3, leucócitos 240/mm3, 99% linfócitos), hiperproteinorraquia (96 mg/dl), sorologia positiva para cisticercose. Tratada só clinicamente com albendazol e corticoterapia. Manteve alterações cognitivas na evolução. |
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Com contraste | Sem contraste | ||
Várias lesões císticas em ambos hemisférios cerebrais e nas cisternas da base, causadas por um cisticerco racemoso. Detalhes nas imagens de ressonância magnética, abaixo. |
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Os cortes abaixo mostram um grande cisticerco racemoso baseado nas cisternas perimesencefálica e supraquiasmática. O parasita emite prolongamentos císticos que adentram o tecido nervoso de ambos hemisférios cerebrais. Os maiores cistos estão localizados nos lobos frontais. À primeira vista lembram ventrículos dilatados. Os ventrículos laterais, porém, estão deformados e comprimidos pelos cistos. No ventrículo lateral D, o cisto está separado do corno anterior do ventrículo apenas por delicada membrana (melhor vista nos cortes sagitais). Outros cistos são encontrados no hipotálamo e junto ao III ventrículo. A artéria basilar está em grande parte circundada pelo parasita. Não se observa escólex. |
CORTES CORONAIS, T1 SEM CONTRASTE | |
CORTES SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE | |
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FLAIR. Chama atenção o edema na substância branca frontal em torno dos cistos racemosos, especialmente à E. | ||
(após tratamento clínico) |
Os cortes a seguir, nos três planos e em várias seqüências, mostram grande redução das lesões. Os volumosos cistos intraparenquimatosos nos lobos frontais regrediram quase completamente, deixando pequenas lesões cicatriciais com impregnação por contraste. Ainda se notam cistos nas cisternas da base (alargamento da cisterna interpeduncular), e um cisto parenquimatoso à D do III ventrículo, que o comprime e desloca. Neste cisto, há orla de impregnação por contraste na face mesial (indicando reação inflamatória com quebra da barreira hemoencefálica, e sugerindo que o parasita está entrando em processo degenerativo). |
CORTES AXIAIS em T1 COM CONTRASTE | ||
T1 SEM CONTRASTE | |||
FLAIR | |||
CORTES CORONAIS em T1 COM CONTRASTE | ||
CORTES SAGITAIS em T1 SEM (em cima) E COM CONTRASTE | |||
(controle após 4 anos) |
Não se observam mais cistos viáveis. O cisto junto ao III ventrículo à D deu lugar a uma pequena lesão residual com impregnação anular. Os cistos na cisterna perimesencefálica desapareceram, com restituição à normalidade dos pedúnculos cerebrais. Persiste discreta hidrocefalia supratentorial, com áreas de hipersinal subependimárias nos ventrículos laterais no FLAIR. |
CORTES AXIAIS em T1 COM CONTRASTE | |||
FLAIR | ||
CORTES CORONAIS e SAGITAIS em T1 COM CONTRASTE | ||
Pequena lesão residual com impregnação anular (setas amarelas) na parede D do III ventrículo. |
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20/5/98 | 6/11/98 | 25/10/02 |
Este assunto em Neuropatologia |
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