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Lam. A. 50B |
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Lâm. A. 50. Apendicite aguda. Nestes cortes de apêndice cecal observam-se diferentes formas de inflamação aguda purulenta. A parede do apêndice está espessada por neutrófilos que permeiam entre as células de todas as camadas, o que constitui um 'flegmão'. Daí a inflamação ser chamada 'flegmonosa'. Em alguns pontos, os neutrófilos destroem completamente o tecido intestinal e se acumulam nesta cavidade neoformada, o que é chamado de 'abscesso'. A inflamação é chamada 'abscedida' (no caso, é flegmonosa e abscedida). Há também preenchimento da luz do apêndice por pus, formado pelo acúmulo dos neutrófilos nesta cavidade pré-existente, o que constitui um 'empiema'. A inflamação atravessa a parede intestinal, constituindo uma 'fístula'. Há hiperemia dos vasos do apêndice e do mesoapêndice, a dobra do peritônio rico de tecido adiposo que dá nutrição ao apêndice. A inflamação aguda purulenta também recobre toda a superfície peritonial do apêndice, constituindo uma peritonite. |
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No flegmão, as células inflamatórias agudas (neutrófilos e eosinófilos) permeiam o tecido intestinal, insinuando-se entre as células musculares lisas das camadas do apêndice, circular e longitudinal. Os neutrófilos maduros têm núcleo polilobado, em forma de folha de trevo. A cromatina é densa, o citoplasma é róseo claro. Já os eosinófilos têm núcleo bilobado e citoplasma fortemente eosinófilo e finamente granuloso. | |
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No abscesso, o processo inflamatório causa necrose do tecido hospedeiro, causada tanto pelo agente etiológico bacteriano e suas toxinas, como pela liberação de enzimas líticas contidas nos neutrófilos. A destruição tecidual resulta em cavidades no tecido, que são preenchidas pelos neutrófilos, constituindo o pus, material pastoso, amarelo esverdeado, formado por neutrófilos viáveis ou degenerados (piócitos) e fibrina, podendo também conter sangue, liberado pelos vasos necróticos. O pus é um exsudato fibrino-purulento, entendendo-se por 'exsudato' todo material que sai dos vasos na inflamação aguda, líquido, proteínas e células. A definição de abscesso é acúmulo de pus em uma cavidade neoformada. | |
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Empiema, ao contrário do abscesso, é acúmulo de pus em uma cavidade préexistente, como a luz de um órgão oco, no caso, a luz do apêndice. O pus coletado nos empiemas é igual ao dos abscessos. | |
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Mucosa do apêndice tem o padrão da mucosa do intestino grosso, com células epiteliais colunares altas e algumas células caliciformes. Observam-se mitoses. | |
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A serosa (peritônio da camada mais externa) do apêndice neste caso de apendicite aguda, está recoberta por exsudato fibrino-purulento (pus) contendo neutrófilos e fibrina. Os vasos da serosa estão fortemente hiperemiados devido à reação inflamatória aguda. | |
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Neurônios. O apêndice cecal, como todo o tubo interstinal, tem neurônios dos plexos mioentéricos de Meissner (submucoso) e de Auerbach (entre as camadas musculares, longitudinal (externa) e circular (interna), responsáveis pela motilidade intestinal. Os neurônios são facilmente reconhecíveis como células grandes, com núcleo redondo e vesiculoso, de cromatina frouxa e clara e nucléolo proeminente, citoplasma róseo que pode conter corpúsculos de Nissl, e limites nítidos. | |
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Lâm. A. 50. Apendicite aguda (exemplo de inflamação aguda purulenta flegmonosa). Há exsudato fibrinopurulento em todas as camadas do apêndice, mais facilmente visto na serosa. Na camada muscular notam-se neutrófilos infiltrados difusamente entre as células musculares lisas, o que constitui um flegmão: inflamação purulenta difusa pelo tecido, sem formação de cavidade (que seria chamada de abscesso). Contudo, é comum que na apendicite se formem também abscessos. Neste caso se fala em inflamação aguda abscedida. |
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