Fibrose  hepática  esquistossomótica

 

 

 

 
 
FIBROSE PERIPORTAL E GRANULOMAS COM OVOS DE SCHISTOSOMA MANSONI.   Os espaços em volta dos ramos maiores da veia porta estão grandemente espessados por tecido fibroso e há intensa proliferação vascular angiomatóide, resultante da hipertensão portal crônica. Entre os vasos há moderado infiltrado inflamatório crônico e observam-se gigantócitos contendo ovos de Schistosoma mansoni(na maior parte, fragmentos de cascas). Por vezes, os ovos são observados também livres no tecido fibroso  e podem estar calcificados (cor azul quase negra). A fibrose periportal é responsável pelo aspecto macroscópico 'em haste de cachimbo de barro branco' (clay pipestem cirrhosis ou fibrose hepática de Symmers), ver peça

 
 
 
ARQUITETURA  LOBULAR  PRESERVADA.  Na fibrose esquistossomótica, ao contrário da cirrose hepática, a fibrose concentra-se em volta dos ramos intrahepáticos mais calibrosos da veia porta e o parênquima mantém a estrutura lobular mais ou menos intacta. Não há septos fibrosos formando pseudolóbulos. 

PIGMENTO ESQUISTOSSOMÓTICO EM CÉLULAS DE KUPFFER.  Nos casos com infestação maciça, as células de Kupffer se destacam já em médio aumento pela pigmentação negra do citoplasma. O chamado pigmento esquistossomótico é derivado da hemoglobina das hemácias ingeridas pelos vermes. A digestão da hemoglobina libera hematina ou meta-heme livre, que é o heme separado da globina. O Fe2+ oxida-se a Fe3+. O pigmento negro é fagocitado pelas células de Kupffer, mas isso não tem repercussão clínica. (O pigmento malárico tem a mesma natureza e aspecto). 


 
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