Alteração vacuolar dos hepatócitos no estado de choque
Lam. A. 10

 
 
            O propósito desta página é mostrar como uma alteração funcional em uma proteína de transporte (no caso, a bomba de Na/K da membrana plasmática) pode causar uma alteração morfológica (no caso, vacuolização do citoplasma por entrada de água). 

 
ALTERAÇÃO  VACUOLAR  DOS  HEPATÓCITOS

 
HEPATÓCITOS  NORMAIS  PARA  COMPARAR

 
Lâm. A. 10, corte menor, ou (em algumas lâminas) corte único. Alteração vacuolar dos hepatócitos no estado de choque (comparados a hepatócitos normais no corte maior da  lâmina A. 293).  Neste fígado, proveniente de um paciente que morreu em estado de choque, observa-se acúmulo de água em hepatócitos, que ficam com citoplasma claro e vacuolado. Há também aumento do volume celular.  O mecanismo foi o seguinte: 

       Patogênese.  O estado de choque é uma hipoperfusão dos tecidos, por lentificação do fluxo na microcirculação. O menor fluxo causa anóxia generalizada das células e, portanto, menor síntese de ATP pelo ciclo de Krebs.  A falta de ATP leva à parada de funcionamento da bomba de Na/K da membrana, além de várias outras bombas iônicas da célula.  Em particular, a bomba de Na/K é responsável pelo equilíbrio iônico da célula em relação ao ambiente extracelular, que implica em bombeamento contínuo do íon Na para fora. Se a bomba pára de funcionar, o íon Na acumula-se no interior do citoplasma atraindo água por osmose.  O resultado é a alteração vacuolar demonstrada acima. 
            A alteração vacuolar é em princípio reversível, desde que a anóxia não se prolongue muito. Se isto ocorrer, haverá outras alterações que poderão causar morte celular, chamada necrose e demonstrada em outras páginas. 


 
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