Tromboangiite  obliterante

 

 

 
Lâm. A. 291. Tromboangiite obliterante (TAO) ou doença de Winiwarter-Buerger.    Nas figuras panorâmicas observa-se uma veia com trombose recente já iniciando o processo de organização. As fibras musculares lisas da camada média são arranjadas frouxamente e, entre elas, há infiltrado inflamatório crônico inespecífico, constituido principalmente de linfócitos (portanto, flebite). 

 
TROMBOANGIITE OBLITERANTE
  • A doença ocorre em jovens (início geralmente antes dos 35 anos), com forte predomínio em homens, e tem notável associação com o hábito de fumar. A abstinência de tabaco leva à regressão dos sintomas. A persistência no hábito pode levar à gangrena. O mecanismo não é bem compreendido, admitindo-se lesão direta do endotélio por derivados do tabaco ou hipersensibilidade a estes. 
  • Na TAO o processo inflamatório envolve artérias de médio calibre e pode estender-se a todo o feixe vásculo-nervoso, incluindo a veia e o nervo. As artérias mais afetadas são as tibiais e as radiais. A TAO neste aspecto difere da aterosclerose, que acomete artérias mais calibrosas, principalmente as dos membros inferiores. 
  • Histologicamente, o processo inflamatório na TAO pode ser agudo (até com microabscessos) ou crônico. O infiltrado permeia todas as camadas dos vasos e a lesão do endotélio pelo processo inflamatório causa trombose, com organização e recanalização do trombo. 
  • Clinicamente, como na aterosclerose,  há dor isquêmica ao caminhar, aliviada com o repouso (claudicação intermitente). Porém, ao contrário da aterosclerose, é comum que a dor persista no repouso, o que pode ser atribuido ao envolvimento dos nervos periféricos. 

 
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