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Atualmente é muito difícil, senão impossível, obter peças de autópsia como as abaixo. Estas imagens provêm de antigas coleções de slides e datam de mais de 30 anos. Foram escaneadas e são aqui reproduzidas para proveito geral e, principalmente, para que não se percam. Em função da origem não há informações sobre idade, sexo ou dados clínicos. |
Glioma de tronco centrado no bulbo. Fotos do cérebro recém retirado na autópsia. Na face anterior (foto à esquerda), observa-se aumento de volume do bulbo. Na foto à direita, visão póstero-inferior, mostrando o bulbo tumefeito, com superfície rósea-acinzentada e hipervascularizada, pois o tumor aflora na superfície posterior. | |
Mesmo espécime após fixação. Notar cone de pressão em torno das amígdalas cerebelares, devido à herniação crônica do cerebelo através do forâmen magno. |
Mesmo caso, tronco cerebral após a retirada do cerebelo. O tumor faz forte proeminência no IV ventrículo chegando a tomar a forma em tenda do mesmo. A superfície é lisa, rósea acinzentada. Abaixo, detalhes escaneados em maior resolução. |
Mesmo
caso, tronco cerebral em cortes transversais ou axiais.
A massa principal do tumor originou-se no bulbo, que está aumentado de volume, com perda de sua arquitetura e pontos de referência. Do bulbo, o tumor projeta-se para a luz do IV ventrículo. A superfície de corte da neoplasia tem cores variadas devido a áreas hemorrágicas. O parênquima da ponte está intacto. |
Glioma
de tronco cerebral, outro caso, aqui centrado na ponte.
A massa principal do tumor encontra-se no tegmento pontino. É aparentemente
bem delimitada, mas tem aspecto variegado, com áreas acinzentadas
e hemorrágicas, sugerindo caráter maligno. Houve completa
obliteração do IV ventrículo.
O tumor infiltra a área adjacente do bulbo (à esquerda na foto), na segunda peça de cima para baixo. Os níveis inferiores do bulbo parecem preservados. Nestes cortes, a artéria basilar está na parte inferior da foto. O corte seguinte, abaixo, está rodado 180 graus, com a artéria basilar para cima. |
Mesmo caso, nível superior da ponte (cérebro girado 180 graus). Aqui, o tumor afeta o tegmento pontino (parte dorsal da ponte), com extensa área necrótica que aparece amarelada, à direita na foto. |
Glioma de bulbo, vista anterior do cérebro fixado, chamando a atenção a grande expansão do bulbo, que chega quase ao mesmo diâmetro látero-lateral da ponte. Exceto isto, as relações anatômicas estão preservadas. |
Mesmo
caso, em cortes transversais do tronco cerebral. A ponte
é normal. O bulbo está grandemente aumentado e deformado
pela infiltração tumoral. O centro do tumor está
à esquerda na foto, e chama a atenção pelo caráter
hemorrágico (no corte mais inferior da fileira da esquerda).
Notar que os cortes de bulbo chegam a superar os de ponte em área
de secção transversal.
Comparar com um corte de bulbo normal colocado isolado à direita. É característico dos gliomas de tronco o caráter fortemente infiltrativo, com relativa preservação das estruturas e da arquitetura geral da área afetada. Abaixo, série de fotos do mesmo material em detalhe e escaneadas em maior resolução. |
Corte
pela área hemorrágica do tumor, que deforma
o bulbo, mas ainda preserva o IV ventrículo e o sulco mediano anterior.
Abaixo, preparado histológico do mesmo corte, corado pelo luxol fast blue - Nissl para baínhas de mielina e neurônios. Notar o desvio da linha média e destruição das estruturas à esquerda, com preservação do núcleo olivar inferior à direita. Para procedimento técnico do LFB - Nissl, clique. |
Neste último corte, já ao nível da medula espinal cervical alta, o tumor faz proeminência inferiormente, preenchendo a cisterna magna (aqui visto pela face inferior). |
Glioma
difuso de ponte.
Este é um exemplo extremo de tumor infiltrativo do tronco cerebral. Disseca entre os tratos e núcleos pontinos, de forma tão sutil que não se percebe massa neoplásica (ao contrário dos casos mostrados acima). A ponte, em corte de celoidina e corada para mielina pela técnica de Loyez, está aumentada difusamente de volume, especialmente a base da ponte, onde estão os fascículos piramidais. A artéria basilar está embutida em um sulco e oculta por dois lábios de tecido pontino. Nestes casos fala-se em 'hipertrofia da ponte', termo errôneo mas, ainda assim, expressivo. |
Mesmo caso, em nível um pouco inferior, mostrando a grande deformação do IV ventrículo, distorcido e em forma de fenda. |
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