Cordoma  de  clivus
Fem.  54 a.  Primeiro atendida em 1996 com história arrastada de baixa progressiva da acuidade visual bilateralmente há cerca  de 6 anos na época.  Exame oftalmológico.  OD – conta dedos a 30 cm.  OE - vultos.  FO – pigmentação retiniana disseminada com atrofia das papilas, mais intensa OD.  Paciente hipertensa, e diabética. 

Em setembro de 2005 – Retorna com queixa de, há cerca de 20 dias, cefaléia pulsátil  parietal e temporal E, ptose da pálpebra E, perda súbita da visão de ambos os olhos, e dificuldade em olhar para a E.   Exame neurológico – paresia III, IV, VI nervos cranianos à E. Pupila não reagente à E (IIIº par). 

Exames de neuroimagem: radiografias (abaixo); TC e RM de crânio. 

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RADIOGRAFIAS  SIMPLES, 5/10/2005
Processo destrutivo e infiltrativo irregular no corpo do esfenóide e clivus. 
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TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, 18/10/2005
Lesão lítica expansiva e destrutiva em topografia de sela túrcica, seio esfenoidal e clivus, maior à E, com pequeno comprometimento do ápice petroso deste lado, comprimindo e escavando a base da ponte.  Há realce heterogêneo por contraste. 
Axial, comparativo
Sem contraste  Com contraste  Janela óssea 
Axial  sem contraste 
Com contraste 
Janela óssea 
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Scout de orientação para os cortes coronais.
Coronal, comparativo
Sem contraste  Com contraste  Janela óssea 
Coronal sem contraste 
Com contraste 
Janela óssea 
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 26/9/2005
MELHORES  CORTES
T2
T1
C
T1
Massa sólida expansiva no clivus, maior à E, com isosinal em T1, sinal heterogêneo em T2, e impregnação forte e heterogênea por contraste. A lesão invade o seio esfenoidal, preenchendo-o.  Invade a sela túrcica deslocando a hipófise superiormente e sem plano de clivagem com a mesma. Invade o seio cavernoso E, englobando a artéria carótida intracavernosa, que apresenta diâmetro reduzido e fluxo presente. Desloca para cima os nervos e quiasma óptico, oblitera o forâmen óptico E, cresce nas cisternas da fossa posterior, comprimindo e escavando a base da ponte e o bulbo, principalmente à E. 
CORTES  AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE
T1 COM CONTRASTE
T2
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CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
T1 COM CONTRASTE
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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COMPARAÇÃO entre o caso atual e um caso normal. RM sagital na linha média em T1 sem contraste. Notar a posição do cordoma na base do crânio. O tumor preencheu o seio esfenoidal e destruiu parte do clivus formado pelo baso esfenóide e o basooccipital. Neste osso normalmente observa-se um triângulo de material brilhante, que corresponde a tecido adiposo. Parte deste está substituído por tumor.  O tumor também faz proeminência para a fossa posterior (cisterna pré-pontina) e deforma a base da ponte. Destrói a sela túrcica e eleva o quiasma e trato ópticos. 
CORDOMA NORMAL

 
Para mais imagens deste caso: Biópsia transnasal, 
HE, colorações, IH
Necrópsia, HE
Outros casos de cordoma:  Neuroimagem Neuropatologia Texto complementar
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