Neupatimagem-UNICAMP

Cisto dermóide ou teratoma maduro de região selar

Masc. 25 a.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Há dois exames, de novembro de 2008 e julho de 2009, com idênticos resultados. Foram aproveitadas as melhores seqüências de ambos. O paciente já havia sofrido uma abordagem cirúrgica anterior. Como não temos exames antes desta cirurgia, não é possível determinar se a disseminação de gotículas lipídicas pelo espaço subaracnóideo e para o ventrículo lateral E foi espontânea (por ruptura do cisto) ou se deve à intervenção. A gota de lípide no corno anterior do ventrículo lateral esquerdo tem cerca de 2 cm no maior diâmetro, e é observada nesta situação devido ao decúbito dorsal durante os exames . O lípide, que contém ácidos graxos saturados, brilha intensamente em T1 e nas seqüências com TR longo. A maior concentração de gotículas está nas cisternas perimesencefálica (ou ambiens), supraselar, interhemisférica, ambas cisternas silvianas e cisterna cerebelar superior.

O teratoma aparece como formação cística que preenche a sela túrcica. O componente supraselar desloca superiormente e comprime o quiasma óptico. O conteúdo do cisto é heterogêneo, com aspecto enovelado ou em redemoínhos, e seu sinal é variável. A cápsula é fina e regular, e não há captação apreciável de contraste. Para imagens macroscópicas da cápsula e do conteúdo do cisto, clique.

MELHORES CORTES AXIAIS, T1 COM CONTRASTE

T2	DP	FLAIR


Nesta comparação, notar a variação do sinal da gotícula lipídica em relação ao líquor dos ventrículos nas três seqüências. A água fica menos brilhante de T2 (à E) para DP ou densidade de prótons (centro) e é totalmente suprimida no FLAIR (à D). Em contraste, o sinal do lípide é praticamente inalterado nas três, como também brilha forte em T1 (acima).

DP, DETALHES. Demonstram o aspecto em finas contas de rosário das gotículas lipídicas dispostas nas cisternas ambiens (ou perimesencefálica), supraselar e silvianas, ao longo das Aa. cerebrais médias.