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2. HE (2a. parte) + Perls |
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Masc. 42 a. Para páginas de neuroimagem, imunohistoquímica e breve texto sobre gliomas primários da meninge, clique. |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Caráter polimórfico, recordando padrões histológicos de vários gliomas. Abaixo, padrão astrocitário com astrócitos gemistocíticos. | Aspecto lembrando oligodendroglioma. | Aspecto lembrando ependimoma. |
Atipias nucleares | Pseudoinclusões intranucleares | Mitoses |
Concreções calcáreas. | Hemossiderina no citoplasma das células neoplásicas. | Proliferação vascular - pseudoglomérulos, guirlandas. |
Hemossiderina em macrófagos junto a capilares proliferados | Focos de necrose coagulativa. | Cápsula fibrosa com hemossiderose |
Limite tumor-cérebro | Área de cérebro limítrofe | Perls. Hemossiderina no citoplasma das células neoplásicas. |
Para destaques da imunohistoquímica, clique. | ||
Proliferação
vascular.
Na maior parte do tumor os capilares eram finos e delicados. Contudo, em algumas áreas, havia proliferação de células endoteliais como observada caracteristicamente em gliomas de alto grau, como o glioblastoma multiforme. Os pequenos vasos proliferados chamavam a atenção já em pequeno aumento pelo caráter mais denso das células em torno das luzes capilares tortuosas. |
Guirlandas, pseudoglomérulos. A proliferação capilar podia adotar disposição linear, lembrando guirlandas de flores, ou estruturas arredondadas, semelhantes a glomérulos renais (formações glomerulóides ou pseudoglomérulos). Ambas provavelmente são variantes do mesmo fenômeno e decorrem do plano de corte. Áreas de necrose e hemorragia são, não raro, circundadas por capilares proliferados. |
Hemossiderina em capilares proliferados. Macrófagos ricos em pigmento hemossiderótico eram freqüentemente vistos em íntima associação com os capilares proliferados, indicando que estes pequenos vasos anômalos são cronicamente propensos a sangramentos. | |
Hemossiderina em macrófagos. Grupamentos de macrófagos ricos em hemossiderina no citoplasma eram vistos principalmente próximos a capilares proliferados. | |
Necrose
coagulativa.
Só pequenas áreas do tumor mostravam necrose coagulativa, algumas associadas a proliferação capilar. |
Fibrose,
hemossiderose.
Um dos blocos examinados caracterizava-se por espessa cápsula fibrosa, com fibras colágenas grossas e abundante pigmento hemossiderótico, dentro e fora de macrófagos. Havia também infiltrado inflamatório crônico inespecífico perivascular. Nesta área não havia tecido neoplásico, e foi interpretada como uma cápsula periférica, conseqüente à hemorragia meníngea que inaugurou o quadro. |
Correlação
com ressonância.
A hemossiderina
causa ausência de sinal em T1 e T2, aparecendo em preto nas imagens.
Essas áreas provavelmente correspondem ao sangramento, que foi o
primeiro indício da neoplasia. Para exames
de neuroimagem deste caso, clique.
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Limite
entre tumor e cérebro.
Em um dos fragmentos era possível observar a interface entre o tumor e o cérebro gliótico. O limite era nítido, mas sem plano de clivagem. As células neoplásicas não pareciam infiltrar o cérebro, onde se observavam astrócitos gemistocíticos reacionais e neurônios do córtex cerebral. Na foto ao lado, tumor em cima, cérebro gliótico em baixo. |
Cérebro nas proximidades. |
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Perls. A reação histoquímica do azul da Prússia, ou de Perls, demonstra íons trivalentes de ferro (Fe+++) através de reação com o ferrocianeto de potássio, resultando em ferrocianeto férrico, que é intensamente azul. Neste caso, mostrou que o pigmento marrom encontrado nas células neoplásicas era efetivamente hemossiderina (e não melanina, como chegou a ser admitido). Clique para mais sobre hemossiderina e técnica da reação de Perls. Como a hemossiderina se forma a partir da saturação de moléculas de ferritina, certamente presentes também nas células neoplásicas, é evidência do caráter cronicamente hemorrágico do tumor. | |
Caso trazido em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP. Agradecemos revisão das imagens e lâminas pelo Dr. José Ribeiro de Menezes Netto, Laboratório Menezes, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | HE | IH |
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