Neupatimagem-UNICAMP

Astrocitoma pilocítico de cerebelo
(padrão histológico clássico)
com implantes ventriculares múltiplos

Esfregaço. O esfregaço do tumor enviado a fresco, corado por HE, mostrou tecido moderadamente celular, com núcleos regulares, cromatina bem distribuída, e citoplasma róseo que se resolvia em finos e abundantes prolongamentos. O aspecto geral foi compatível com um astrocitoma de baixo grau de malignidade. O encontro de fibras de Rosenthal tornou altamente provável o diagnóstico de astrocitoma pilocítico, confirmado depois em parafina.

PARAFINA - HE

Área de padrão pilocítico. O tumor apresentava coexistência de dois padrões histológicos em áreas próximas, quais sejam o padrão pilocítico propriamente dito e o padrão protoplasmático com degeneração microcística. Esta dualidade é característica da entidade nosológica 'astrocitoma pilocítico' e permite diagnosticá-lo com segurança. No padrão pilocítico, as células astrocitárias são alongadas, ricas em citoplasma, mas este se dispõe em prolongamentos comparados a fios de cabelo e, geralmente, em arranjo paralelo. Em meio ao tecido observam-se gotículas de material hialino (corpos hialinos ou hialino-granulosos) e estruturas alongadas, também hialinas, comparadas a pequenas cenouras, que são as fibras de Rosenthal.

Fibras de Rosenthal. Estes depósitos de material hialino são quimicamente constituídos pela proteína a-B cristalina e situam-se no interior dos prolongamentos dos astrócitos pilocíticos.

Vasos hialinizados. Alguns vasos tumorais mostravam paredes espessas e hialinizadas, uma feição comum neste tumor. Neste exemplar não havia proliferação capilar formando estruturas em guirlandas ou pseudoglomérulos.

Área de padrão protoplasmático com degeneração microcística.

Neste outro padrão, os astrócitos tumorais têm menos citoplasma e os prolongamentos são curtos. Há tendência ao aparecimento de coleções de material fluido levemente basófilo formando microcistos.