Teratoma de pineal
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Masc.  13 a. Primeiro visto neste serviço em novembro de 1999 (então com 9 anos), com queixa de cefaléia constante há 30 dias. Trouxe TC e RM de fora mostrando tumor calcificado de região pineal. Em abril de 2001 - assintomático. Em abril de 2002 - cefaléia pulsátil e náuseas, uma vez por semana. Períodos de amnésia. Líquor límpido, com nível de proteínas, glicose e células normais. Níveis de b-HCG (beta gonadotrofina coriônica humana) e a-FP (alfa-feto-proteína) normais.  Ficou com diagnóstico de teratoma da pineal. 
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O paciente tem dois exames de ressonância magnética (2001 e 2003) com intervalo cerca de 2 anos, tendo idade de 13 anos no segundo exame (2003). Em ambos, o tamanho e características de imagem da lesão na topografia da pineal mantiveram-se praticamente inalterados (ver comparação de duas datas).  A principal diferença foi o aparecimento de grande hidrocefalia supratentorial no segundo exame, bem como de gotículas lipídicas livres no líquor dos ventrículos laterais.  Como não houve manipulação cirúrgica, estas presumivelmente se formaram espontaneamente, por coalescência de lípides oriundos das células adiposas da lesão. 
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 25/7/2001. Melhores cortes.  AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE. A lesão tem forma arredondada, contorno um pouco irregular, e situa-se na topografia da glândula pineal, que não é reconhecível nas imagens.  O tumor comprime inferiormente o colículo superior, poupando o inferior. O maior volume encontra-se no III ventrículo, e não na cisterna da lâmina quadrigêmea. Há  dilatação ventricular apenas discreta, sugerindo que a permeabilidade do aqueduto cerebral ainda estava preservada em grande parte.  O tumor chama a atenção pelo intenso hipersinal em T1 sem contraste, sugerindo alto conteúdo de tecido adiposo, em que se baseia a hipótese diagnóstica de teratoma. Com contraste, praticamente não se nota diferença na intensidade de sinal (a impregnação pode estar mascarada pelo hipersinal dos ácidos graxos presentes na lesão). Não foi realizada seqüência com supressão de gordura. 
T1 COM CONTRASTE CORONAIS, SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
Mais imagens deste exame
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 5/11/2003. Melhores cortes.  AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE. A topografia, tamanho e características de sinal da lesão permanecem basicamente as mesmas do exame anterior. Nota-se volumosa hidrocefalia dos ventrículos laterais e III ventrículo, este em grande parte ocupado pelo tumor, sugerindo descompensação na permeabilidade do aqueduto de Sylvius. Chamam a atenção pelo forte hipersinal em T1 duas gotas de lípide, a maior no ventrículo lateral esquerdo e outra bem menor no direito. A posição destas no polo anterior deve-se ao decúbito dorsal do paciente durante o exame. Estão livres e flutuam no líquor devido à menor densidade do lípide em relação à água. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
Em FLAIR, 

nota-se hipersinal da substância branca subependimária dos ventrículos laterais, que testemunha a hipertensão intracraniana. O líquor sob pressão é forçado através do epêndima para a camada glial subependimária, que fica muito hidratada, dando hipersinal nesta seqüência (transudação liquórica transependimária).  Notar que só a água 'presa' no tecido dá sinal. A água livre dos ventrículos tem sinal suprimido. 

CORONAIS, T1 COM CONTRASTE FLAIR
SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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Gotículas  lipídicas.  AXIAL, T1  T2
CORONAL, T1  SAGITAL, T1, esquerda direita
Mais imagens deste exame
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COMPARAÇÃO DE DUAS DATAS
2001
2003
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EXAMES  EM  DETALHE
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 25/7/2001 
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CORTES  AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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CORTES  CORONAIS, T1 SEM CONTRASTE
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CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 5/11/2003 
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CORTES  AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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T2
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FLAIR
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CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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FLAIR
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CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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