Radionecrose  pseudotumoral
2  anos  após radiocirurgia  para  cavernoma 
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Fem.  60 a. 
Há cerca de 2 anos começou a apresentar quadro de crises convulsivas.  TC e RM de crânio revelaram pequena lesão na substância branca profunda, junto ao ventrículo lateral D, com diagnóstico presuntivo de cavernoma. Foi então submetida a radiocirurgia para tratamento.  Retornou há 15 dias com queixa de cefaléia resistente a analgésicos e hemiparesia E. Continua com crises convulsivas. 
Ao exame : consciente, orientada, hemiparesia desproporcionada à E, de predomínio braquial: força muscular grau 3 em MSE e grau 4 em MIE.
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TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, 26/3/2004
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Sem contraste.  Pequena lesão hiperdensa na coroa radiada D, junto à margem do ventrículo lateral na região parietal. 
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA 2/4/2004
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Lesão ovalada, bem delimitada, situada na substância branca periventricular parietal D, na topografia da coroa radiada, junto ao corno posterior do ventrículo lateral.  Mede cerca de 1,5 x 1 x 1 cm, e caracteriza-se em T1 por halo de hipersinal  e porção interna com hiposinal. Em T2, há hipersinal na região central e halo de hiposinal.  Forte ausência de sinal em densidade de prótons.  Não sofre impregnação por contraste. A lesão não se acompanha de edema nem causa efeito de massa.  As características foram consideradas sugestivas de cavernoma. 
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CORTES  AXIAIS.  O aspecto heterogêneo da lesão com áreas de hipo e hipersinal pode ser atribuído à presença de metemoglobina, que advém de modificação da hemoglobina em hemorragias recentes, e de hemossiderina, que indica sangramento mais antigo. Para as características de sinal dos pigmentos derivados da hemoglobina, clique
T1 SEM CONTRASTE T2 DP
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DETALHES. Ausência de impregnação. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
T2 DP
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CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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CORTES  SAGITAIS, T2
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA
7/2/2006
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Lesão ovalada de sinal heterogêneo, situada na substância branca periventricular parietal D, na topografia da coroa radiada, medindo cerca de 2,5 x 1,5 cm.  Tem centro de leve hiposinal em T1 e forte hiposinal em T2. Há intensa impregnação heterogênea por contraste.  Nota-se também edema perilesional estendendo-se aos núcleos da base, tálamo, cápsulas interna e externa, centros semiovais, corpo caloso e à substância branca dos giros da convexidade frontal e parietal D.  Há leve desvio da linha média pelo efeito de massa, com compressão do corno posterior do ventrículo lateral D.
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CORTES  AXIAIS, T2
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T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE FLAIR
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DETALHES
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
T2 DP
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CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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CORTES  SAGITAIS, T2

 
COMPARAÇÃO DE DUAS DATAS
2/4/2004 7/2/2006
T1 C
T2
T1 C
T2
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Comentário.  A pequena lesão detectada nos exames de 2004 tinha as características de um cavernoma, com sinal heterogêneo, bem delimitada, sem impregnação, sem efeito de massa, sem edema perilesional.  Após 2 anos, a lesão aumentou de volume, passou a impregnar-se por contraste, a causar efeito de massa, e acompanhava-se de considerável edema perilesional. A suspeita de processo expansivo neoplásico levou à remoção cirúrgica da lesão. 

Caso gentilmente contribuído pelo Dr. Antonio Augusto Roth Vargas, Campinas, SP. 

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Para histologia deste caso, clique »
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Sobre radionecrose
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