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| Fem. 6 a. Há 2 meses crise convulsiva parcial, acompanhada de vômitos. Nega febre e cefaléia. Crise repetiu-se após 2 dias. TC e RM foram sugestivas de encefalomielite disseminada aguda (ADEM). Tratada com prednisona por 10 dias. Evoluiu sem crises mas com instalação gradual de déficit motor em dimídio D. Após 1 mês, em redução gradual do corticóide, apresentou cefaléia, vômitos e sonolência. Nova RM após 40 dias - piora das lesões e aparecimento de múltiplos focos de impregnação por contraste em ambos hemisférios. |
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Para exames em detalhe, clique. |
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| Sem contraste. Hipoatenuação difusa da substância branca dos lobos frontais, maior à E, com discreto desvio da linha média para a D e redução do volume do ventrículo lateral E. Para exame em detalhe, clique. | |
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| MELHORES CORTES. Extensa lesão mal delimitada na substância branca do lobo frontal E, com hiposinal em T1 e hipersinal em T2, sem focos de impregnação por contraste neste exame. Outro foco de lesão mais hidratada no lobo frontal D. Há discreto desvio da linha média. Nos cortes sagitais em T2, o corpo caloso está aumentado de espessura e com hipersinal na sua porção média, indicando maior grau de hidratação (edema e/ou gliose). Para exame em detalhe, clique. | ||
| T1 | T1 C | T2 |
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| T1 C | T2 | |
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| MELHORES CORTES. Neste exame, 40 dias após, há expansão das áreas com hipersinal em T2 e aparecem múltiplos focos de impregnação por contraste, ausentes no exame anterior. Indicam quebra de barreira hemoencefálica (no caso, anaplasia em um astrocitoma difuso que inicialmente era de baixo grau e agora passa a anaplásico). Clique para exame em detalhe, biópsia estereotáxica. | ||
| T1 | T1 C | T2 |
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| T2 | T1 C | |
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| T1 SEM CONTRASTE | T2 | FLAIR |
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| Mesma área em três seqüências. Este foco de lesão no lobo frontal D (assinalado pelas setas amarelas) tem hiposinal em T1 e hipersinal em T2, indicando alto grau de hidratação. Em FLAIR, há perda de sinal, indicando que a hidratação é tão alta que se aproxima do sinal do líquor nos ventrículos. No FLAIR há supressão do sinal da água livre. Já o edema (+ infiltração tumoral) que permeia a substância branca do hemisfério E tem sinal semelhante em T2 e FLAIR, pois trata-se de 'água presa', ou seja, que embebe o tecido nervoso patológico. Aí trata-se em parte de infiltração neoplásica por astrócitos, e parte de edema intersticial, devido à gliose e à quebra da barreira hemoencefálica. O foco assinalado provavelmente corresponderia a uma área de tumor muito rica em água, talvez constituída por astrócitos protoplasmáticos com degeneração microcística. | ||
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| Focos de hipersinal em FLAIR na substância branca do cerebelo e na margem lateral D do mesencéfalo sugerem infiltração tumoral à distância. | |
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| T1 COM CONTRASTE. Aparecimento de múltiplos focos de impregnação por contraste na substância branca dos hemisférios cerebrais indicam rápida evolução anaplásica do tumor. | |
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| FLAIR. Acentuação das áreas de hipersinal, menos dramática que a progressão da impregnação por contraste (quadros acima). | |
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| Comentário. Trata-se de um caso de astrocitoma difuso envolvendo ambos hemisférios cerebrais, inicialmente com características de tumor de baixo grau (ausência de impregnação), e que, em apenas 40 dias, evoluiu com múltiplos focos de impregnação, indicando aquisição de caráter agressivo e quebra da barreira hemoencefálica. O aspecto difuso, mal delimitado e extenso da neoplasia, que envolve ambos hemisférios, com infiltração do corpo caloso e focos aparentemente separados, justifica o diagnóstico de gliomatose cerebral. É um astrocitoma difuso composto por células de caráter excepcionalmente infiltrativo e com rápida disseminação a áreas distantes. |
| Caso do Centro Infantil Boldrini, de Campinas, SP, gentilmente contribuído pelas colegas Dras. Izilda Aparecida Cardinalli e Rita de Cássia Perina. |
| Para mais imagens deste caso: | Exames em detalhe | HE, IH |
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| Textos sobre gliomatose
cerebral (1) (2) |
Características de imagem
dos astrocitomas difusos |
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