SO-4.
Osteossarcoma da tíbia. Externamente,
o tumor é fusiforme e parece bem delimitado. Ao corte, porém,
forma massa esbranquiçada que infiltra e destrói parte da
metáfise e diáfise do osso. O corte foi excêntrico,
pois começa na medular, tangencia a cortical e volta à medular.
Parte da medular está, portanto, oculta pela cortical. É
importante notar que o tumor começa na medular e o envolvimento
da cortical se dá a partir da camada medular.
É característico que o tumor cause levantamento do periósteo.
Entre o periósteo levantado e a superfície do osso há
deposição reativa de osso neoformado formando um triângulo
isósceles de ângulo agudo. Este é o chamado triângulo
de Codman, um sinal bem visível em radiografias simples e que
auxilia no diagnóstico, embora não seja patognomônico
deste tumor.
O osteossarcoma é um dos exemplos mais comuns de sarcoma
na prática clínica e é definido como um tumor maligno
mesenquimal originado em osteoblastos e que produz matriz óssea.
Corresponde a cerca de 20% dos tumores primários dos ossos. 75%
dos casos ocorrem antes dos 20 anos de idade, e cerca de 60% em volta do
joelho (metáfise distal do fêmur ou proximal da tíbia).
Em segundo lugar vem a metáfise proximal do úmero e depois
os ossos da bacia. Tendem a ocorrer em regiões de crescimento ósseo
acelerado. Os osteossarcomas são tumores agressivos e de crescimento
rápido. O primeiro sintoma pode ser aumento de volume, dor
no local, ou uma fratura, dita
patológica (isto é,
sem um trauma desencadeante). Há tendência à disseminação
hematogênica, como em outros tipos de sarcoma. Cerca de 20% dos pacientes
já têm metástases pulmonares na ocasião do diagnóstico. |