Peça
Rim 62. Rejeição aguda em transplante renal. A
peça demonstra a posição de um rim transplantado,
numa das fossas ilíacas. Os rins originais, atróficos, não
são removidos.
O exame macroscópico do rim transplantado não permite diagnosticar
rejeição aguda. Este é um diagnóstico histopatológico,
ver a lâmina A. 370. Há áreas
um pouco mais escuras na superfície externa, cuja natureza não
é clara, mas elas não têm relação com
a rejeição. Os rins originais estão muito atróficos,
como seria esperado de rins em estágio final de doença
(end-stage disease). Não se pode deduzir qual foi a doença
de base pelo aspecto do rim neste estágio.
A peça demonstra bem, porém, nos rins originais, alterações
habitualmente associadas à diálise crônica.
Entre elas está a doença cística adquirida,
que consiste em múltiplos pequenos cistos de retenção
de urina, tanto na camada cortical como na medular. Os cistos variam de
diminutos a cerca de 2 cm. de diâmetro, geralmente contêm líquido
claro e, freqüentemente, cristais de oxalato de cálcio.
Os cistos se formam por obstrução de néfrons pela
fibrose intersticial e pelos cristais de oxalato. Outro fenômeno
observado no longo prazo em rins atróficos é o aparecimento
de tumores na parede destes cistos, tanto benignos (adenomas)
como malignos (adenocarcinomas). Cerca de 7% dos pacientes dializados
durante 10 anos desenvolvem câncer de rim.
Para um pequeno sumário sobre as formas de rejeição
em transplantes, em particular no rim, clique aqui. |