Hipertrofia do miocárdio do VE
na hipertensão arterial crônica.
Aneurisma dissecante da aorta ascendente

 

 
Peça C28B.  Hipertrofia do miocárdio na hipertensão arterial crônica. Aneurisma dissecante no início da aorta ascendente. Nota-se aumento de volume do coração à custa do ventrículo esquerdo, que ocupa toda a ponta. A causa foi hipertensão arterial crônica de longa duração. 

            Observando-se a peça por cima, a aorta ascendente apresenta-se dividida em duas camadas separadas por uma fenda, que continha sangue na peça a fresco. A delaminação constitui o chamado aneurisma dissecante.  Inicialmente, há ruptura espontânea da camada íntima (ver peça seguinte). O sangue sob pressão penetra pelo rasgo, e vai dissecando a camada média à maneira de cunha, dividindo a parede da aorta em duas camadas: média e adventícia de um lado e média e íntima de outro. O mais comum é que a fenda criada rompa-se para o lado da adventícia, dando uma grande hemorragia interna fatal. Se romper ainda na cavidade pericárdica, haverá hemopericárdio e tamponamento cardíaco. Se romper em uma das cavidades pleurais formará um hemotórax. Ou a dissecção pode progredir distalmente atingindo os vários ramos da aorta. O sangue na parede das artérias dissecadas forma um coágulo que comprime a luz e diminui ou obstrui o fluxo, causando isquemia, chegando a infarto nos órgãos atingidos. Clinicamente, há dor torácica que se assemelha à do infarto agudo do miocárdio. Salvo intervenção cirúrgica para substituição por próteses dos segmentos dissecados, o prognóstico é mau. 

            Nos aneurismas dissecantes, a dilatação propriamente dita da parede da aorta é pequena, ao contrário do observado nos aneurismas ateroscleróticos e sifilíticos. Por isso, atualmente, prefere-se falar em  'dissecção aguda da aorta' ou 'hematoma dissecante' (evitando-se assim o termo 'aneurisma').


 
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