Telangiectasias  capilares  e  displasia  cortical. 
3.  Imunohistoquímica:  GFAP,  CD34, Ki-67.
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Nesta página, apresentamos os aspectos obtidos com a proteína glial ácida fibrilar (GFAP), com o marcador de endotélio vascular CD34 e o marcador de proliferação celular Ki-67.  Para os antígenos neuronais neurofilamento (NF), sinaptofisina (SNF), cromogranina (CGR) e enolase neurônio-específica (NSE), ver página seguinte.  Ver também exames de imagem, espécime, lâminas escaneadas, HE , tricrômico de Masson e Verhoeff em páginas anteriores.
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GFAP - Aspecto  geral  da  lesão.

A imunohistoquímica mostra com elegância os astrócitos, e suas relações com neurônios e vasos.  Já em pequeno aumento, notam-se vários astrócitos hipertróficos, o que em HE não era evidente. 

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GFAP.  Gliose.  Uma densa trama de prolongamentos astrocitários GFAP positivos permeia o tecido. A quantidade de astrócitos e seu tamanho e morfologia são suficientes para o diagnóstico de gliose, ou seja, há hipertrofia e hiperplasia destas células gliais acompanhando a malformação. 
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GFAP. Astrócitos.   Variam de aspecto desde formas praticamente normais até vários graus de hipertrofia, correspondendo aos chamados astrócitos fibrosos patológicos (a serem distintos dos astrócitos fibrosos normais, que são encontrados, por exemplo, na substância branca e na camada molecular do córtex cerebral). Alguns, mais ricos em citoplasma, chegam a lembrar astrócitos gemistocíticos. Todos correspondem a formas reativas ou cicatriciais, não neoplásicas. 
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GFAP. Neurônios.  Os neurônios, que são inteiramente negativos nesta técnica, destacam-se pela sua coloração em azul pálido pela hematoxilina de fundo.  As anomalias morfológicas, já comentadas em HE, são evidentes, particularmente o grande tamanho celular, distribuição casual das células sem orientação regular, núcleo volumoso e vesiculoso e nucléolo proeminente. 
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GFAP. Astrócitos  vs  neurônios.  Há relação de proximidade entre os dois tipos de células, por vezes com contato extenso entre suas membranas plasmáticas. 
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GFAP. Vasos.  A periferia dos vasos é sempre GFAP positiva, reforçada que é por prolongamentos astrocitários. Por vezes, a continuidade entre os prolongamentos e o corpo celular do astrócito é evidente. 

CD34. 

Este marcador de endotélio, que é positivo na superfície luminal das células, mostra em pequeno aumento a morfologia caprichosa e trabalhada dos canais vasculares, demonstrando que são todos revestidos por células endoteliais. 
Os demais elementos do tecido são negativos. 

Ki-67. O marcador de proliferação celular Ki-67 (MIB-1) foi positivo em vários núcleos de células endoteliais, indicando que estão em contínua renovação, apesar da baixa celularidade e do caráter aparentemente indolente da malformação. 
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Ki-67. Positividade em raros núcleos gliais.  A marcação indica que algumas destas células, embora em número muito pequeno, estão no ciclo reprodutivo.  Não há, porém, nenhuma evidência de neoplasia, tratando-se, portanto de uma malformação. Julgamos que o melhor diagnóstico para este caso seria uma displasia cortical associada a um hamartoma vascular (no caso, telangiectasias capilares). 
Negatividade na quase totalidade do tecido nervoso. 
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Agradecimento._Caso enviado em consulta e gentilmente contribuído pela Dra. Marbele Santos Guimarães,  Laboratório CEDAP, Feira de Santana, BA. 
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Para mais imagens deste caso e comentário:
TC, RM Macro, HE Colorações IH: antígenos neuronais
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Este assunto na graduação Texto : malformações vasculares do SNC: telangiectasias, cavernomas, MAVs. Características de imagem dos cavernomas
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