Eczema
Lam. A. 388

 
Paciente feminina, 38 anos, branca. Apresenta lesões eritêmato-descamativas, com formação de pequenas bolhas nas mãos. Relaciona o quadro com o uso de detergentes. 

 
Imagem escaneada da lâmina, mostrando dois cortes de pele grossa (notar a espessa camada córnea), com bolhas na espessura da epiderme. 
Observa-se epiderme acantótica, com espongiose (edema intercelular), e formação de vesículas e bolhas. Estas contêm material amorfo ou filamentoso, queratinócitos em degeneração, detritos celulares, alguns neutrófilos e hemácias. 

Na figura de baixo, observar o rompimento da bolha na superfície, com extravasamento de seu conteúdo para o estrato córneo. Este achado é comum na fase aguda do eczema e explica o significado do termo 'eczema' (do grego efervescência ou ebulição). 


 
A superfície desta bolha está recoberta por crosta hiperceratótica (que aparece fortemente basófila nestes cortes), e exsudato fibrinoso com células inflamatórias. 
A epiderme em torno da bolha mostra espongiose (ou seja, edema intercelular), notado como fendas claras entre as células que destacam os  espinhos, (ou seja, os desmossomos) entre elas.  Nas camadas basal e suprabasal da epiderme nota-se infiltrado inflamatório crônico inespecífico permeando-a. Este infiltrado é denominado exocitose, independente se agudo ou crônico. 

 
Nota-se exocitose nas camadas profundas da epiderme na região da bolha, e, na derme, infiltrado inflamatório crônico inespecífico, predominantemente perivascular. 
Este corpúsculo de Meissner foi achado casual. A localização habitual destes corpúsculos tácteis é em pele grossa (p. ex., palmas das mãos), como é o caso aqui. 

 
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