ACANTOSE
COM PADRÃO PSORIASIFORME. Na psoríase,
há grande espessamento da epiderme por aumento das células
da camada espinhosa (acantose). Os cones epiteliais
(projeções da epiderme entre as papilas dérmicas)
alongam-se, mas mantêm espessura regular, e os ápices dos
cones epiteliais ficam alargados, dando aspecto em clava ('clubbing').
Estas alterações se chamam acantose com padrão
psoriasiforme, por serem próprias da doença.
A epiderme suprapapilar, que recobre a extremidade das papilas dérmicas,
está adelgaçada. Se a pele é raspada, as porções
suprapapilares com paraceratose são removidas e as pontas das papilas
(onde há capilares) ficam expostas, levando ao aparecimento de gotículas
de sangue (sinal do orvalho sangrante, típico da psoríase).
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PARACERATOSE.
A
maturação das células epidérmicas está
acelerada, notando-se paraceratose, ou seja,
persistência
de núcleos na camada córnea e ausência da camada
granulosa (portanto, ausência dos grânulos de queratohialina).
Isto ocorre porque não há tempo para formação
da camada granulosa. Na epiderme normal são necessários entre
26 e 28 dias para uma célula basal atingir o estágio final
da corneificação. Na psoríase este tempo é
de apenas 6 a 8 dias. A raspagem da camada córnea com paraceratose
dá origem a escamas que lembram cera de vela (sinal da vela).
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MICROABSCESSOS
DE MUNRO. São acúmulos de
neutrófilos na epiderme, mais habitualmente nas porções
suprapapilares afiladas. A fase inicial da lesão é
caracterizada por espongiose (edema intercelular) da camada de Malpighi
e exocitose de neutrófilos entre as células epiteliais
(núcleos pequenos e escuros). Diz-se exocitose porque os neutrófilos
saem dos vasos da papila dérmica adjacente, permeando entre as células
epiteliais até o estrato córneo, e culminando na formação
do microabscesso. A camada córnea acima de algumas papilas dérmicas
contém neutrófilos degenerados.
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DERME. Há
leve a moderado infiltrado inflamatório crônico inespecífico
próximo a vasos e anexos.
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