Lâm.
A 18. Nevo nevocelular intradérmico.Este
fragmento de pele foi retirado de uma mulher de 18 anos com pintas de 0,3
a 0,8 cm de diâmetro, acastanhadas e verrucosas, localizadas no dorso
e presentes desde a infância.
Na derme há extenso agrupamento de células névicas,
que aparece como área com maior densidade de núcleos logo
abaixo da derme normal (rósea clara). Trata-se de uma neoplasia
benigna de melanócitos. As células mais superficiais
são maiores e com mais citoplasma, tendo aspecto epitelióide
e arranjo em ninhos (células névicas do tipo A). Geralmente
contêm pigmento melânico, mas, no presente exemplo, este é
escasso e só visto em certas áreas. Progressivamente em direção
à profundidade, as células se mostram arredondadas e ficam
menores, com menos citoplasma (tipo B) e, na porção
mais profunda, tornam-se alongadas ou fusiformes (tipo C), lembrando
células de Schwann (diferenciação schwannóide).
Esta progressão da superfície à profundidade corresponde
a um processo de maturação das células névicas,
que é didaticamente subdividido em A, B e C. Lembrar
que os melanócitos, dos quais derivam as células névicas,
são originados da crista neural, como as células de Schwann.
Nas regiões intermediária e profunda não é
encontrada melanina.
Os nevos são lesões extremamente comuns da pele, originam-se
já na infância e em geral perduram com pouca ou nenhuma modificação
por toda a vida. Habitualmente não sofrem transformação
maligna, mas isto pode ocorrer numa pequena minoria, originando um tumor
de alta malignidade, o melanoma maligno (página seguinte).
Contudo, grande parte dos melanomas não se origina em nevos e sim
nos melanócitos da epiderme normal, fora de nevos. |