Linfoma não Hodgkin de grandes células B em hemisfério cerebral

 
Masculino, 65 anos.  Para história clínica e RM, ver página de neuroimagem.

O material foi obtido por biópsia estereotáxica da lesão nos núcleos da base, constando de 4 pequenos fragmentos cilíndricos, medindo o maior 2 x 1 x 1 mm.

HE
Em HE, nota-se infiltração difusa do tecido nervoso por células de aspecto linfóide, com núcleo redondo e citoplasma escasso. Há certa tendência destas células a se concentrar em torno de vasos, formando manguitos perivasculares, melhor demonstrados na impregnação argêntica para reticulina.
As células neoplásicas são linfócitos de linhagem B, como demonstrado abaixo por imunohistoquímica.  São maiores que os linfócitos normais, têm núcleos volumosos, pleomórficos, com cromatina frouxa ou densa, e nucléolo evidente (alguns com dois nucléolos). 
Infiltração vascular, mitoses.  Em alguns pequenos vasos, presumivelmente arteríolas, observam-se células neoplásicas infiltrando a própria parede do vaso.  Algumas figuras de mitose são observadas. 

Reticulina. As células neoplásicas induzem produção de fibras reticulínicas no tecido nervoso infiltrado. No tecido normal, estas fibras são restritas aos vasos. Os manguitos perivasculares são particularmente bem demonstrados. 

 
IMUNOHISTOQUÍMICA
CD20. Positivo em linfócitos B. As células neoplásicas reagem forte e extensamente, demonstrando linhagem B. A marcação ocorre na membrana celular. O núcleo é corado por hematoxilina (coloração de fundo). 
CD3. Positivo em linfócitos T. As células reativas são linfócitos pequenos, não neoplásicos, e são menos numerosos que as células neoplásicas, maiores, e que não se coram. 
GFAP. Alguns astrócitos hipertróficos (gemistocíticos) são demonstráveis entre as células neoplásicas. São formas inespecíficas de reação à lesão. 
KI-67. Antígeno marcador de proliferação celular, positivo na grande maioria das células neoplásicas. 

 
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