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O espécime
cirúrgico era constituído por vários fragmentos de
tecido cerebral (córtex e substância branca), que macroscopicamente
pareciam edematosos, e não permitiam diagnóstico de neoplasia.
Microscopicamente, em HE, foi encontrado córtex cerebral normal, córtex hipercelular e frouxo, diagnosticado como tumor neuroepitelial disembrioplásico (DNET), e ainda uma área de displasia cortical. |
HE. As fotos comparam áreas normais e tumorais respectivamente no mesmo aumento. |
Córtex normal | Córtex tumoral |
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Caráter hipercelular e frouxo do córtex. | |
Neurônios circundados por espaços claros | |
Neurônios binucleados. Aqui foram observados cinco exemplos. Habitualmente são raríssimos. | |
Corpúsculos granulosos. Sua natureza (neuronal ou glial) não ficou clara. Foram encontrados principalmente no córtex profundo e na substância branca. Expressam proteína S-100 (não demonstrado aqui). | |
Observou-se uma única figura de mitose. | |
Substância branca abaixo do córtex tumoral. Aspecto gliótico, com poucas células sugestivas de oligodendrócitos. | |
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GFAP. Anomalias astrocitárias que lembram as da displasia cortical. | |
Na substância branca subcortical, ao contrário do córtex, os astrócitos têm morfologia normal. Isto mostra que o tumor está restrito ao córtex, o que é proprio do DNET. Se o tumor fosse um astrocitoma difuso, não respeitaria a substância branca. O córtex poderia estar poupado ou invadido. | |
VIM. As anomalias astrocitárias 'displásicas' são melhor demonstradas com vimentina, útil para visualizar astrócitos fibrosos e vasos. |
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Astrócitos aberrantes. | |
NF (proteína de neurofilamento). Na área tumoral, notam-se feixes de axônios perpendiculares à superfície cortical (em cima nas fotos), uma feição característica do DNET. Neurônios têm aspecto normal. | |
Na substância branca, axônios em feixes horizontais. | |
NSE (enolase neurônio-específica) demonstra neurônios do córtex com DNET em orientação regular, com dendrito apical dirigido para a superfície meníngea (em cima nas fotos). As células reagem heterogeneamente, e algumas não reagem, como o neurônio binucleado na foto embaixo à D. O mononucleado ao lado é positivo. | |
KI-67. Poucos núcleos marcados, em concordância com o caráter indolente da lesão, considerada mais um hamartoma que neoplasia. Foi observada uma figura de mitose. | |
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Certa área de córtex mostrava aspecto normal nas camadas superficiais (II e III) e aspecto tumoral nas profundas (IV a VI). Havia astrócitos de volume aumentado na camada molecular (camada I). Abaixo, esta área anormal é mostrada comparativamente em HE e GFAP: |
HE | GFAP |
Na camada molecular (camada I): aspecto gliótico, com astrócitos hipertróficos. | |
Nas camadas II e III, praticamente não se observaram corpos celulares de astrócitos, embora se notassem fibras gliais em várias direções. Estas não são observadas em córtex normal. | |
Nas camadas IV a VI, a maior celularidade é devida a astrócitos fibrosos, vários volumosos e com prolongamentos espessos. Em córtex cerebral normal os astrócitos são protoplasmáticos. | |
Na substância branca subcortical havia astrócitos fibrosos normais. Notavam-se neurônios ectópicos isolados. | |
Essas anomalias sugerem um caráter displásico do córtex cerebral desta região, que é vizinho à área de DNET. Abaixo, detalhes das três regiões em GFAP: |
Camada molecular. Astrócitos grosseiros, anômalos. Citoplasma abundante, núcleo excêntrico. | |
Junto a esta pequena artéria perfurante, abaixo da superfície cortical, variava a morfologia dos astrócitos. Um deles estava acolado ao vaso e seu prolongamento era espesso. Comparar com os vizinhos. |
Nas camadas II e III, poucos astrócitos com morfologia mais delicada, contrastando com as regiões acima e abaixo. | |
Nas camadas IV a VI, astrócitos fibrosos maiores e anômalos, também vistos nas áreas de córtex puramente tumoral de alto a baixo. | |
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